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Maria Ribeiro comenta sobre feminismo e afirma: "Tive uma educação supermachista"

Maria revelou que demorou para se descobrir feminista

Atriz ainda alegou que, quando era criança, via sua mãe levar broncas do pai - Reprodução/Instagram
Atriz ainda alegou que, quando era criança, via sua mãe levar broncas do pai - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 05/03/2021, às 10h54

A atriz Maria Ribeiro, 45, falou sobre feminismo em conversa no podcast 'Escuta, Maria Clara', produzido pela revista Marie Claire

Ao lado da escritora Heloisa Buarque de Hollanda, 80, Maria revelou que demorou para se descobrir feminista, assim como Heloisa: "Eu tive uma educação supermachista. Meu pai dizia que eu era inteligente como um homem", disse a atriz.

Ela disse que, quando era criança, via sua mãe levar broncas do pai e soube que não queria isso para si, a partir disso: "Eu vi a minha mãe sendo muito oprimida. Quando eles se separaram, ela com 45 anos, eu perdi um pouco o sentido para a minha mãe".

"Então eu pensei: 'não quero ser mulher', e fui virando muito combativa. Eu tinha esse pensamento do meu pai de que feminista é chata, mal amada". Em 2016, quando começou a fazer parte do programa 'Saia Justa', em 2016, e começou a estudar para o filme 'Como Nossos Pais', entendeu o feminismo: "Fui ler e vi que sou feminista".

Já a escritora, comentou sobre sua trajetória no feminismo, entendendo sobre o termo nos anos 80, quando fazia pós-doutorado em Nova York: "Eu também demorei muito a me definir como feminista. Eu era ativista nos anos 60. Era contra tudo e todos, mas não era feminista".

Heloisa afirma que a pauta segue a mesma de décadas atrás para ela: "O que as meninas estão pedindo é contra a violência, contra o assédio, a favor da educação. É o que pediam as sufragistas no século 19. Passou dois séculos e não mudou a demanda. A gente andou muito pouco".  Ela ainda falou sobre a integração do feminismo em causas que vão além de questões de gênero, como a ambiental: 

"O feminismo está assumindo papéis políticos fora da questão da mulher. Está começando a comprar outras bandeiras, o que é maravilhoso".