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Glória Maria comenta sobre gravidade de tumor no cérebro: "Me mataria em 15 dias"

Glória Maria ainda comentou sobre racismo em entrevista para o Roda Viva

Glória Maria ainda comentou sobre racismo em entrevista para o Roda Viva - Foto: Reprodução / TV Cultura
Glória Maria ainda comentou sobre racismo em entrevista para o Roda Viva - Foto: Reprodução / TV Cultura

Redação Publicado em 15/03/2022, às 12h25

Durante uma entrevista no "Roda Viva", programa da TV Cultura, exibido na última segunda-feira (14/03), a apresentadora e jornalista Glória Maria revelou que mesmo sendo muito famosa e bem sucedida, não é brincada do racismo.

"Nada blinda preto de racismo, ainda mais a mulher preta. Nós somos mais abandonadas, discriminadas. O homem preto não quer a mulher preta. Você tem que aprender a se blindar da dor. Se você for esperar o blindamento universal, você está perdida", declarou a jornalista.

Na entrevista, Glória ainda relata dois episódios de racismo que suas filhas, Laura e Maria, sofreram. "Isso não vem da criança, vem da família. E a família não vai mudar. Quando ele (amiguinho) falou, queria machucar. E a maneira que tinha é para machucar era ofender racialmente. Isso que acho uma coisa trágica. Se ele sabe que chamar de macaca é uma ofensa racial, é porque foi ensinado", afirmou.

A apresentadora também comentou sobre o difícil momento que viveu em sua vida, quando lutou contra um tumor em seu cérebro. Glória Maria comenta que a doença não era um câncer, como muitas pessoas imaginavam. "Não pensei no fim nem por um segundo. Eu estava viva, com um tumor no cérebro terrível que se eu não tivesse descoberto ele me mataria em 15 dias. Esse tumor formou um edema em volta e inflamou, me fez ter uma convulsão", revelou ela, que ainda diz que foi um milagre ela sair do episódio sem sequelas.

"Eu tinha a possibilidade de 30% ou 40% de sobreviver e só 20% de não ter sequelas. O ser humano quer viver no mundinho cor de rosa, nuvem azul, mas a vida não é assim. A vida é feita de nuvens rosas e cinzas e eu aprendi a conviver", afirmou Glória Maria.