Atriz contou que quer deixar o cabelo crescer branco
Redação Publicado em 09/11/2020, às 06h53
Atualmente com 63 anos, Cássia Kis, que recentemente estrelou a série Desalma, do Globoplay, contou que orgulha-se de ter o rosto cheio de rugas.
Ao falar sobre as marcas do envelhecimento, a veterana da TV — são mais de 40 anos de televisão — disse que é “bem resolvida” com sua imagem e que “gosta de saber que seu rosto tem história”.
“Minha avó paterna era húngara. Pele clara, sem colágeno, quase transparente. Lembro daquele tanto de rugas que ela tinha. E eu, hoje, com 63 anos, já estou bem perto disso. Daqui a pouco, meus filhos pegam minha pele e começam a esticar. Estou muito enrugada, mas, do jeito que está, meu rosto tem história para contar”, contou ela, à revista Quem.
À publicação, Cássia disse que tem marcas de expressão desde o início da década de 90, e que “está doida” para deixar o cabelo crescer branco.
“Quando a gente fez Barriga de Aluguel (1990), eu tinha muitas marcas de expressão. Muito parecida com meu pai. Gosto de saber que a minha cara tem história. Estou doida para deixar o cabelo branco e mais comprido. Achei que fosse conseguir na pandemia, mas há um mês peguei a máquina e raspei. Não estava aguentando mais”, continuou.
Respeitando o isolamento social durante a quarentena, Cássia explicou que está morando com os quatro filhos e que perder a mãe neste período a fez procurar o autoconhecimento.
“Não abro mão dessa oportunidade de vivenciar a volta para dentro e a experiência de ter quatro filhos dentro de casa. Um é adolescente, tem 16 anos, mas os outros três já são adultos. Observo as conversas que temos em casa, o fato da minha mãe ter desencarnado nas condições que foi [...] quero enfiar o pé nesse autoconhecimento. Perder a minha mãe – não a perdi, mas ela ascendeu e fico imaginando onde ela possa estar – me fez refletir sobre o legado dela, a importância dela ter escolhido ter uma filha, o que é a desintegração de uma família, como ficamos amarrados em mágoas. Tem coisas que a gente olha para trás e não caminha, mas é importante deixar para trás pela nossa evolução”, disse a atriz.
O isolamento, segundo Cássia, a fez pensar nos dois abortos (um provocado e um espontâneo) que teve antes de se tornar mãe:
“Esse período também tem me feito refletir muito sobre um aborto que fiz. Não tive quatro filhos. Eu tive seis. Meu primeiro filho foi um aborto que fiz, outro perdi espontaneamente e aí vieram os quatro. Esses abortos mexeram tanto comigo que fui buscar registrá-los nessa temporada, neste evento que estamos vivendo. Fui batizar esses meus dois primeiros filhos e inclui-los na minha vida. Afinal, são duas vidas e duas luzes muito fortes que quiseram entrar na minha vida e não foi possível. Na minha maneira de enxergar a vida e o mundo, vejo como é necessário mais integração, respeito, mais coerência. O nível de irresponsabilidade sobre o que a gente fala, faz, pensa, age. Preciso ter comigo mesma. Não adianta fazer escondida. Não adianta ter uma ética dentro de um grupo e fora dele ter outra. Isso está me fazendo descobrir o valor da vida”, completou.
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