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Rodrigo Amarante diz que todo o dinheiro ganho com os Los Hermanos foi gasto: "Pude ajudar minha família"

Morando nos Estados Unidos, músico disse que se mudou porque precisava de um recomeço

Rodrigo contou que não se arrepende de ter gastado o dinheiro que faturou com o grupo - Reprodução/Instagram/@_rodrigo_amarante
Rodrigo contou que não se arrepende de ter gastado o dinheiro que faturou com o grupo - Reprodução/Instagram/@_rodrigo_amarante

Redação Publicado em 10/08/2021, às 09h02

O músico Rodrigo Amarante fez um balanço de sua trajetória e revelou que gastou todo o dinheiro que faturou com o grupo Los Hermanos e contou que não se arrepende de usar seus fundos para ajudar a família. 

Morando nos Estados Unidos, Rodrigo diz que deixou o Brasil porque precisava de um recomeço: "Ter ficado famoso nunca me incomodou. Mas algo cansativo, eu me lembro, foi que ficou cada vez mais difícil conhecer alguém que não tinha uma noção preconcebida de mim. A sensação era de que alguma coisa me foi roubada, eu não tinha a oportunidade de me apresentar do zero. Mas olhar para isso é ver a parte vazia do copo."

Eu tive grande sorte e privilégio de escrever música para o Los Hermanos, pude ajudar a minha família. Acho válido também abrir o meu coração e expor esse outro lado". Ele prosseguiu: "No Brasil, como o Tom Jobim falou, sucesso é ofensa pessoal. Tinha isso também. As pessoas acham que é preciso bater, de forma figurativa, porque eu tenho o aplauso. Era uma pena, uma bobagem."

"Mas eu tive sorte que todos da banda tinham cabeça boa. Ninguém se achava melhor do que ninguém e todos souberam navegar esses altos e baixos", explicou ele em entrevista à "Trip". O músico ainda conta que não se arrepende de ter gastado o dinheiro que ganhou com os Los Hermanos para ajudar a família. "Não me arrependo, porque comecei a ganhar dinheiro com vinte e poucos anos. Era uma grana boa, mas se você tem uma família que precisa de ajuda, você não vai ajudar? Eu não me arrependo, está tudo certo."

"Mas ao longo dos anos a minha música ganhou uma expressão mundial. É uma coisa louca, mas tem mais gente hoje que ouve a minha música em Paris do que no Rio de Janeiro, por exemplo. Isso ampliou as possibilidades", completou.