Atriz contou que é importante falar sobre a doença
Redação Publicado em 22/09/2022, às 07h19
A baiana Priscila Fantin, de 39 anos, lembrou a época em que sofreu com a depressão e voltou a falar sobre o assunto em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
À publicação, a atriz explicou que “é difícil a pessoa entender que está com depressão” e que é preciso “acabar com os preconceitos” em torno da doença:
“É muito difícil você reconhecer que está em depressão. Eu não sabia porque não tinha informações sobre a doença. É importante a gente falar cada vez mais e trazer esclarecimentos. Temos que acabar com esse preconceito de que quem faz terapia é maluco e, principalmente, de que quem precisa tomar remédio para a cabeça funcionar também é. É preciso naturalizar isso”, ressaltou.
Priscila acrescentou que a cura para a doença de seu após um “difícil, longo e doloroso processo”.
“É o processo mais difícil, longo e doloroso para qualquer ser humano. Temos que parar de apontar o dedo para fora e apontar para nós mesmos. Parar de encontrar justificativas para os nossos problemas no externo e saber que eles vêm de dentro da gente. Nos responsabilizarmos pelas nossas escolhas. Enfim, parar de enxergar os nossos defeitos para conseguir fazer o nosso caminho de autoconstrução. Porque só assim a gente consegue se amar o suficiente para poder conviver e amar outras pessoas”, disse a artista.
Uma das atrizes da novela Chocolate com Pimenta (2003), que voltará à grade da TV Globo à partir do dia 26/9, ela contou que guarda boas recordações do trabalho:
“Chocolate com Pimenta foi a novela mais divertida que eu fiz. Teve o melhor bastidor, com todo mundo feliz. Foi leve e gostosa. Só tenho lembranças boas”, contou.
Dedicando-se ao teatro nos últimos anos, Priscila revelou que não tem planos para voltar à TV, mas que também “não tem nada contra” a ideia.
“Não tenho planos, mas também nada contra. Se for para voltar, eu volto. Mas eu passei por algumas situações na minha vida que me fizeram priorizar a minha autonomia. Os trabalhos têm que conseguir conversar com essa minha forma de lidar com o dia a dia, com o meu ritmo. Isso faz parte de prezar pela minha saúde mental. Tem que ser algo que eu consiga administrar com a minha vida pessoal, algo que eu não conseguia fazer no início da minha carreira”, completou.
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