Religioso tatuou uma abelha na mão e homenageou a mãe
Redação Publicado em 06/08/2020, às 21h01
Após revelar ter feito uma tatuagem em sua mão, Padre Fábio de Melo recebeu muitos elogios nas redes sociais, mas também foi criticado por religiosos conservadores, que são contra as artes feitas no corpo.
Ele resolveu rebater as críticas em participação no programa A Tarde é Sua nesta quinta-feira (06/08). No programa, o religioso assumiu que já teve preconceito com tatuagens.
“Primeiramente, gostaria de dizer que eu já pertenci ao grupo dos preconceituosos. Me lembro a primeira vez que eu fui à Jornada Mundial da Juventude, na França, eu me deparei com um padre todo tatuado, de piercing. E a primeira reação que eu tive foi de rejeição. Avaliei aquela pessoa pela aparência”, afirmou o padre.
Ele prosseguiu: “É claro que surgem todos esses comentários de pessoas que aprovam e desaprovam, e eu tenho toda a paciência e tranquilidade com isso, pois, como eu disse, eu já estive do lado dos que não compreendem”, relatou.
“E no Novo Testamento, os meus olhos se abriram para eu perceber a bondade das pessoas. E é isso que eu quero como padre: construir um lugar melhor. E quem sabe, com o meu trabalho, convencer as pessoas a fazer um mondo melhor. Definitivamente, o que nos faz chegar ao céu, não é uma tatuagem, um brinco, um piercing, mas é o nosso coração”, ponderou.
Padre Fábio de Melo também voltou a explicar o motivo de ter escolhido o desenho de uma abelha para ser sua primeira tatuagem. Segundo ele, foi a forma que encontrou para homenagear a sua mãe.
“Nos últimos meses que eu tenho feito a missa, todo o santo domingo, tem sempre uma abelha dentro da capela, que insiste em ficar pousando e mim. Por incrível que pareça, Deus me falou muito através disso”, revelou.
O padre continuou, lembrando de seus problemas pessoais. “Nesse tempo de tanto sofrimento, e eu enfrentando aqui os meus conflitos pessoais, que vocês já conhecem, já bem quais são, eu identifiquei que a abelha tem sido o símbolo desse tempo pra mim, de permanecer”.
“E nesse tempo de permanência, fazendo mel e construir uma coisa boa. E minha mão é uma mulher a mesta em tudo isso, e tem uma capacidade enorme de permanecer e fazer mel onde está”, refletiu.
COLUNISTAS