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Mel Lisboa e Seu Jorge falam sobre 2ª temporada de Paciente 63: "É um trabalho desafiador"

A nova temporada de Paciente 63, com Mel Lisboa e Seu Jorge, estreia hoje (08/01) no Spotify

Seu Jorge e Mel Lisboa retornam para a segunda temporada de Paciente 63 - Foto: Reprodução / Bruno Poletti / Spotify
Seu Jorge e Mel Lisboa retornam para a segunda temporada de Paciente 63 - Foto: Reprodução / Bruno Poletti / Spotify

Redação Publicado em 08/02/2022, às 04h30

Prestes a lançar a segunda temporada da audiossérie "Paciente 63", do Spotify, os atores Mel Lisboa e Seu Jorge falaram abertamente sobre o processo de criação de seus personagens na trama, uma adaptação de "Caso 63", criada pelo escritor e roteirista chileno Julio Rojas e cuja primeira temporada fez enorme sucesso no Brasil em 2021.

"Quando você faz um podcast, uma audiosérie como essa, você cria uma voz original, você faz uma personagem, mas que você só tem a voz para expressar e contar aquela história. Na dublagem, você tem uma imagem sobre a qual você faz a sua voz", disse Mel em entrevista ao Canal Cinco Tons nesta segunda-feira (07/02).

Em seguida, destacou a diferença entre o trabalho de voz nesse tipo de produção e a dublagem em filmes ou séries. "E a dublagem, especificamente, você ainda faz o trabalho em cima de um outro ator ou atriz, que fez um trabalho em uma outra língua. Tem a voz original de animação, também, que é um trabalho de criação, mas depois vai ter uma imagem".

Nesse caso em específico do podcast, não tem imagem, não tem nada. Ele realmente é um produto de áudio. E esse produto de áudio faz com que a experiência seja muito imersiva. Você entra na história de uma forma diferente. Ela se assemelha a experiência da literatura, porque você, como ouvinte, você tem um papel fundamental na criação da história. Porque é você que conclui a imagem.
"A gente direciona -- nós, atores, e o desenho de som, a trilha, a sonoplastia -- e desenha essa ambientação da história, mas quem cria as imagens é o ouvinte. É um trabalho desafiador e muito prazeroso, porque ele vai te indicando, junto com a direção, junto com o Jorge, fomos entendendo as nuances das personagens para que a gente pudesse realmente transmitir tudo que precisava transmitir. E a gente aprende muito, porque é um trabalho bastante técnico. Então, você acaba aprendendo bastante", frisou em seguida.

Processo difícil

Na sequência, Seu Jorge destacou as diferenças de gravação da primeira para a segunda temporada da audiosérie, considerando o contexto da pandemia da covid-19. O ator revelou que teve dificuldades para fazer o trabalho de voz no ano passado por conta da situação, mas neste ano teve mais facilidade.

"O processo de gravação da primeira temporada teve algumas restrições, mas tive o privilégio de gravar junto com a Mel -- ela em uma sala do estúdio, eu em outra sala, interligados por uma transferência de vídeo. E todos os episódios da temporada fizemos assim. Na segunda temporada, a Mel já tinha feito tudo, gravado a parte dela, e eu fiz com a voz dela. Pelo que me consta, a Mel fez ouvindo o original, e eu tive o privilégio de ouvi-la falando português, nossa língua, porque nós estamos fazendo uma tradução, uma tradução muito fiel ao original, não tem espaço para improviso, não tem espaço para 'caco' [improviso], é muito em cima do 'timecode'", relatou.

Então, para a segunda, eu trouxe a experiência da primeira, experiência que foi muito intensa, muito profunda para mim enquanto fazia. Fiquei com muita dificuldade de gostar das coisas [na pandemia], mas tive uma direção muito apurada, uma lupa bem forte do Gustavo [Kurlat, diretor da audiosérie]. E nessa segunda [temporada] as coisas melhoraram um pouco, ao ponto de construir esse estado de confiança da Mel fazer primeiro, que é uma craque. Digo em toda entrevista, é como se colocassem em campo o melhor jogador. Ela chega, faz logo 5 a 0, e aí o suplente vem.

Ele prosseguiu: "A gente estava, dessa vez, distante, mas o personagem também já estava amadurecido. A novidade eu acho que foi outros personagens que surgiram na segunda temporada, desfocando um pouco do futuro, e trazendo a série mais para o presente. E eu acredito que essa segunda temporada vai aproximar mais a audiência, pois a série está muito próxima dos dias de hoje. Até porque, estamos falando de 2022, o ano que a gente está, e acho que muita coisa ajuda nesse interesse do público que está esperando pela segunda temporada".

Na segunda temporada de "Paciente 63", a doutora Elisa Amaral (Mel Lisboa) acorda dez anos antes dos acontecimentos mais marcantes da sua vida. Pedro Roiter (Seu Jorge) está encalhado em um futuro perdido e neste passado os papéis trocam: ela é a paciente enigmática de um terapeuta.

A sinopse questiona: "Por que o ano de 2012? Por que ela? O amor é capaz de viajar no tempo? Maria Cristina Borges é uma ameaça letal? O vírus Pégaso é um destino do qual não se pode fugir? É o dever de Elisa salvar o futuro da humanidade novamente?".

A segunda temporada da audiosérie estreia no Spotify nesta terça-feira (08/02).