Modelo contou que toma antidepressivos e sofre de insônia
Redação Publicado em 25/06/2020, às 08h12
Najila Trindade voltou a falar sobre a polêmica envolvendo o craque Neymar, do PSG – há um ano, a modelo acusou o jogador de tê-la estuprado – e revelou que toda a polêmica a fez chegar em seu limite físico, emocional e psicológico.
Após todo o burburinho envolvendo um dos jogadores mais famosos do mundo, a modelo voltou para Ilhéus, na Bahia, para ficar mais perto da família e longe dos holofotes, mas contou que sofre de insônia por causa de todo o trauma causado pela situação.
“Na verdade, a sociedade é assim. Tiram a nossa voz, nos calam, nos culpam e nos fazem parecer loucas por não aceitar situações que nos machucam, e isso acontece há séculos”, contou ela, ao jornal Extra. “Insônia é meu sobrenome”, confessou a modelo.
Longe também das redes sociais [o Instagram que se apresenta como ela é falso], Najila disse que chegou ao limite.
“Foi desgastante e desrespeitoso não só pra mim, mas pra minha família também. Um sofrimento atroz. Cheguei na exaustão do meu físico, emocional, psicológico e principalmente espiritual. Me quebrei e me quebraram por inteiro. Queria dissipar tudo aquilo que estava sentindo e acontecendo, pois foi pesado demais. Precisava de um reset para me reencontrar. Fiquei perdida e confusa. E então, me isolei completamente”, disse ela, que voltou ao Twitter só para publicar salmos e alertas sobre violência contra as mulheres.
O escândalo enveolvendo Neymar, segundo Najila, marca a fase mais difícil de sua vida.
“Foi a fase mais difícil da minha vida, embora eu já tenha sofrido antes com abusos físicos, psicológicos e gaslighting (uma forma de abuso psicológico), esse foi, com toda certeza, um período de muita brutalidade e escrutínio público, que me coagiu e aprisionou a sentimentos e emoções extremamente sombrios e negativos”, admitiu.
À publicação, Najila contou que recorre a antidepressivos e terapia, e que entende porque algumas mulheres se calam “diante de algumas situações”.
“Hoje entendo o porque milhares de mulheres se calam e se submetem a determinadas situações. É um sentimento de impotência perante todo um sistema. É preciso muita força e coragem — e até mesmo uma dose de loucura — para enfrentar tudo isso. E, infelizmente, nem todas têm ou conseguem”, completou.