Michelle Lenhardt trocou natação por fisiculturismo e surtou
Redação Publicado em 02/08/2021, às 08h13
Mulher do campeão olímpico Bruno Fratus, Michelle Lenhardt abriu o jogo sobre a luta contra a bulimia e a depressão em seu blog pessoal.
Ex-atleta olímpica, ela optou pelo Bodybuilding (ela é campeã de fisiculturismo) após deixar a natação, venceu duas competições importantes e depois seu mundo “começou a desabar”.
“Foram duas competições pela WBFF Diva Fitness Model: uma amadora em 2015, na qual venci e conquistei o meu 'Pro Card', e outra em 2016 que foi o Mundial. A categoria que competi é uma categoria que fica entre Bikini e Figure, precisa ter um corpo talhado, mas sem exageros, e ao mesmo tempo feminino. Era um mundo completamente novo pra quem sempre esteve competindo de maiô, touca e óculos. Logo após receber a coroa de campeã mundial Fitness em 2016 meu mundo começou a desabar”, disse ela.
Após meses de preparação para as competições 一 nos quais ela comia tilápia e vagem no café da manhã 一 ela festejou comendo uma bandeja de brigadeiros preparada por ela mesma, como forma de prêmio por todo o esforço e empenho. Depois, começou a comer muito.
“Eu simplesmente comecei a comer como se não houvesse amanhã. Quis estocar tudo que cabia e não cabia mais dentro do meu estômago, como se meu cérebro entendesse que aquele momento de poder comer iria acabar assim que começasse uma nova preparação: ou seja, passar fome! Porém, eu mal sabia que nunca mais iria pisar num palco. E eu comi sem parar. Meu marido ficava atônito. Comia quilos de chocolate como sobremesa após devorar uma pizza inteira”, lembrou.
O exagero saiu caro e a saúde piorou, ela teve bulimia e depressão. O diagnóstico apareceu durante uma consulta médica.
“Sem conseguir parar de comer, fui me afundando na depressão. Meu corpo ‘perfeito e vencedor’ estava ‘gordo e deformado’, e era na comida que eu encontrava prazer, a tal da endorfina. Comia, me sentia bem por poucos minutos, e depois vinha a culpa. Aí passei a vomitar, porque não queria engordar ainda mais. Não era algo forçado, era alguma reação instantânea”, revelou.
No ápice da depressão, mas decidida a mudar, Michelle optou pelos estudos para se tornar Health Coach, algo que fez diferença e ajudou o marido, Bruno Fratus, a conquistar sua medalha em Tóquio.
“Às vezes sentimos que nosso mundo vai desabar, que não temos forças para mudar aquilo que gostaríamos, mas temos sim. Pequenas mudanças geram grandes impactos, é só não se acomodar. Precisamos encontrar nos hábitos a nossa paz”, aconselhou.
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