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Karol Conká reflete sobre direito de defesa e retratação: "É como se nem preta eu fosse mais"

Rapper diz que foi chamada de racista ao brigar com Lucas Penteado no BBB 21

Karol afirma não ter orgulho de saber que suas polêmicas aumentaram a audiência do reality - Reprodução/Instagram
Karol afirma não ter orgulho de saber que suas polêmicas aumentaram a audiência do reality - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 08/06/2021, às 09h53

A rapper e ex-BBB Karol Conká refletiu sobre o seu direito de defesa e de retratação após suas polêmicas no BBB 21 e falou sobre como não se orgulha de que seus desentendimentos dentro do reality aumentaram a audiência. 

Em conversa com a Folha de São Paulo, ela afirma que poderia estar ainda mais amargurada se não fosse o apoio de pessoas próximas: "Uma das maiores decepções que tive comigo mesma foi perceber o quanto tinha deixado de lado essa questão da minha ansiedade, que reverberou da pior forma. Eu ia falar ‘cadê a sororidade, cadê o movimento negro em massa?’."

Ela prosseguiu: "Não é passar a mão na cabeça, mas demonstrar apoio para o irmão que errou. Por que, quando um branco erra, a gente vê isso em massa nas redes sociais?". Karol conta que sente que o direito de defesa e retratação são tirados dela: "É como se nem preta eu fosse mais". A rapper chegou a ser chamada de racista ao brigar com Lucas Penteado na casa e afirma que 'comunidades brigam entre si' e 'pretos brigam entre si'.

Suas polêmicas, no entanto, fizeram o reality ter picos de audiência: "Isso mostra o quanto as pessoas amam odiar”, afirma. O mais difícil, crê, é ceder a um público que clama por retratação e que, quando vê uma celebridade se desculpar, responde que ela está mentindo. “É como se eu tivesse cometido uma atrocidade". Ela afirma que a comoção, em sua visão, deveria estar em cima de cobranças sobre a postura do atual governo com a pandemia:

"Isso merece o gasto de energia para ir às redes ou às ruas e protestar. Nossa raiva tinha que ser canalizada para isso. Então, estou de mão dada aí com todo mundo que é fora morte, fora Bolsonaro. Estou na torcida para que o milagre aconteça". Mesmo assim, ela acredita que o ódio voltado a si possa ter ficado para trás. A rapper já recebeu pedidos de desculpas e mensagens de carinho, além de acumular um aumento de seguidores nas redes sociais. 

Após o lançamento de seu documentário 'A Vida Depois do Tombo', no Globoplay, ela esteve se dedicando a um projeto voltado à saúde mental, desenvolvido em parceria com sua empresária, Fabiana Bruno, contando que sua própria experiência serviu de inspiração.