Ator está em 'Dente por Dente', um thriller de suspense policial
Redação Publicado em 27/01/2021, às 08h11
O ator Juliano Cazarré falou, em uma conversa com a Metrópoles, sobre sua participação no novo filme 'Dente por Dente', um thriller de suspense policial que irá estrear nesta quinta-feira (28/01).
Juliano falou sobre o cinema brasileiro e os diferentes gêneros: "Acho que o cinema brasileiro tem uma força que vem crescendo ao longo das últimas décadas e espero que a gente continue a fazer com que as pessoas, que ainda tem algum receio com nossa produção, percam esse medo e vejam que o cinema nacional não é só filme de arte ou a comédia rasgada".
Interpretando Ademar, que é sócio de uma empresa de segurança particular, no qual presta serviço para uma grande construtora de São Paulo, começa uma investigação ao descobrir que seu sócio Teixeira desaparece, e acaba percebendo o envolvimento do amigo em um grande esquema criminoso.
"O Ademar não é um cara muito brilhante, não é um cara super interessante, sagaz. As coisas estão acontecendo e ele meio que está puxando o mistério pelo rabo, meio que correndo atrás dele, mas que por outro lado tem uma força de caráter, que não se misturou, que não se envolveu com coisa errada".
"Isso que ajuda ele, mesmo não sendo um cara tão inteligente, vai correr atrás até a história até resolver". O novo longa conta com elementos clássicos de gêneros como terror, que são grandes sucessos em séries e filmes de Hollywood, conseguindo adaptar algumas das principais características do cinema na cultura brasileira.
"Os diretores quiseram isso, trazer elementos clássicos do cinema policial de suspense, do filme noir, que tem meio essa pegada, mas numa tentativa de ‘abrasileirar’ o gênero”, ressalta Cazarré. Um desses elementos adaptados é o carro utilizado pelo protagonista, que ao invés do típico muscle car, dirige um Chevrolet Kadett, apelidado de “Kadettao da Massa"".
'Dente por Dente' ainda consegue abordar problemas sociais que são pouco falados nas produções nacionais, como o descaso com as pessoas de rua nas grandes cidades de São Paulo, onde a trama é passada. Por outro lado, há também o embate entre movimentos de ocupação e grandes construtoras. "Acho que o filme tem a felicidade de tratar do assunto sem transformar ele numa cartilha, sem oferecer soluções. Acho que esta questão, que é importante no Brasil e no mundo, também dá esse contraponto do onírico, do sonho que o filme tem".
"Você não sabe o que é realidade e essa questão faz o filme aterrissar na realidade, traz para Brasil 2021, cidade grande, faz o filme botar os pés no chão. É um filme urbano, mas com um olhar bonito", finalizou o ator.
Juliano é conhecido pelos seus papéis em Avenida Brasil e Serra Pelada.