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Giulia Gam fala sobre depressão profunda durante novela: “Não consegui gravar, fiquei assustada”

Atriz falou pela primeira vez sobre o problema de saúde

Giulia Gam falou pela primeira vez sobre depressão profunda - Foto: TV Globo/ Deborah Montenegro
Giulia Gam falou pela primeira vez sobre depressão profunda - Foto: TV Globo/ Deborah Montenegro

Redação Publicado em 21/09/2020, às 10h40

Com vários papeis de destaque na carreira, Giulia Gam, atualmente com 53 anos, falou pela primeira vez sobre o diagnóstico de depressão que recebeu durante as gravações da novela Novo Mundo (2017).

Ao falar sobre o problema, a atriz contou que precisou buscar forças no autoconhecimento para amenizar o problema e tornar-se uma pessoa mais equilibrada.

“Eu tive uma depressão muito profunda. Achei melhor me recolher. Não tinha segurança para aceitar um trabalho e eventualmente não conseguir levar a cabo. Às vezes é difícil perceber, diagnosticar... Acabei me afastando. Quando fui fazer Novo Mundo' (2017) não consegui gravar num dia. Isso nunca tinha acontecido na minha vida. Fiquei muito assustada. Era um papel maravilhoso, a Carlota Joaquina. Eu tenho que saber lidar com isso para poder trabalhar. Agora, já estou mais segura, tendo mais perspectiva. Acho que estou sabendo elaborar melhor o que aconteceu. Me sinto mais estruturada, com terapia, medicação, essas coisas todas. É a primeira vez que falo da depressão. Sempre falaram por mim. Estou bem, me voltando ao máximo para os amigos e para a família. Fui recentemente para um sítio em Cotia (em São Paulo) para um piquenique bem reduzido com familiares. Foi bem importante. O Theo (seu filho, fruto do casamento com Pedro Bial) fica feliz porque estou bem”, disse ela, à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

À publicação, Giulia contou que acredita que a depressão surgiu após muito trabalho e também por causa da chegada dos 50 anos.

“Senti muita ansiedade e fiquei insegura. Os 50 e poucos são um momento de questionamentos também. E eu vinha do estresse de fazer duas novelas seguidas (Sangue Bom e Boogie Oogie). Foi um conjunto. Não sei dizer exatamente o quê. Agora, pequenas coisas que eu já não conseguia apreciar voltam a ter um valor incrível. Acho que o que as pessoas viveram na pandemia talvez tenha a ver com o que vivi antes: a instabilidade, a insegurança, o medo”, continuou.

Alvo de fake news no final do ano passado, Giulia contou que ficou sabendo dos comentários – de que ela havia sido internada para tratar o problema – e que preferiu se manter em silêncio.

“Eu estava ensaiando, fazendo uma peça (Os Sete Afluentes do Rio Ota) em São Paulo com a Monique (Gardenberg), que foi superacolhedora e me encorajou pra caramba. Eu pensei: ‘Respondo ou não?’. Preferi deixar passar. Sei que tem a curiosidade, mas achei melhor ficar quieta. Apesar de que não acho que se deve estigmatizar, pela minha experiência, o tratamento psiquiátrico. Mas não me sinto preparada neste momento para levantar uma bandeira. Ainda não tenho tanta autoridade assim para falar mais profundamente sobre o assunto”, completou.