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Ex-militar e mulher trans é atacada na web e expõe seguidores: “É muito difícil passar por isso”

Bianca Nunes publicou desabafo em rede social após receber mensagens transfóbicas

Bianca Nunes na época em que era do Exército, e em foto atual, após sua transição de gênero - Foto: Reprodução/ Instagram@biancanunesofi
Bianca Nunes na época em que era do Exército, e em foto atual, após sua transição de gênero - Foto: Reprodução/ Instagram@biancanunesofi

Redação Publicado em 23/11/2020, às 14h39

Ex-soldado do Exército e influenciadora trans, Bianca Nunes recorreu ao Instagram, nesta segunda-feira (23/11), para contar que vem sofrendo ataques frequentes na rede social por conta de sua transformação.

Indignada e visivelmente irritada com o tratamento e mensagens de ódio, ela resolveu expor os remetentes das mensagens e aproveitou para desabafar:

“Quanto ódio no coração desse ser humano, eu tento lidar com esse tipo de situação, é difícil, vocês não imaginam como é difícil”, disse ela, em uma das postagens.

Em vídeo, Bianca ─ que ganhou vários seguidores no início deste ano após mostrar sua transição de gênero na web ─ continua o desabafo dizendo que “fica mal psicologicamente” por causa dos ataques.

“O ser humano consegue deixar você mal psicologicamente, né? É muito difícil passar por isso... só quem está na nossa pele sabe o quanto é difícil. Não é a primeira vez. Se eu abrir meu direct, vai estar lotado de mensagem transfóbica. Se eu pudesse, processava todo mundo”, começou ela.

“Mesmo acostumada a lidar com esse ataque, não só na internet, mas também nas ruas, é difícil. A gente fica se perguntando porque isso acontece. Pelo amor de Deus, gente… Século 21, sabe? Quanta gente amarga existe hoje sem a menor necessidade. Qual a necessidade de ir no direct e enviar umas mensagens dessa?”, questionou ela.

Por fim, Bianca lembrou a todos que transfobia é crime, e fechou seu desabafo. 

“Isso precisa acabar. Transfobia é crime, mas até agora eu não vi ninguém sendo preso por isso. Todos os dias nós mulheres e homens trans sofremos com isso. É frequente e tem que acabar urgente”, completou ela.