Músico falou sobre amizade com Roberto Carlos
Redação Publicado em 01/06/2021, às 09h46
O músico Erasmo Carlos, que irá completar 80 anos neste sábado (05/06), falou sobre celebrar a data apenas com a família em uma confraternização virtual, além de comentar sobre amizade com Roberto Carlos e revelou saudade de Tim Maia.
Em uma entrevista ao programa Rock a 3, da Kiss FM, Erasmo comentou sobre celebrar seu aniversário: "Não terá comemoração. Estamos na pandemia. Vamos nos reunir por Zoom porque tenho filho e netos nos Estados Unidos. Tem pessoas que sempre querem arranjar um motivo para fazer festa, para ficar sem máscara, para beber, comemorar. Aqui, em casa, não."
Ele prosseguiu: "A gente respeita o que a ciência fala. A gente tem que respeitar a humanidade e não ficar pensando só em si". Respeitando as medidas para evitar a propagação da Covid-19, ele afirma: "Já me vacinei, tomei as duas doses, mas continuo fazendo todos os protocolos e evito sair de casa, continuo em casa". O cantor revela que não é chegado em comemorações: "É uma data bonita, redonda, mas, para mim, é mais um dia. O Roberto falou que não dói fazer 80 anos."
Erasmo também aproveitou para falar sobre a Jovem Guarda e relembrou seu apelido de 'Tremendão': "O Tremendão teve sua época e se justificava funcionava naquela coisa de machismo inocente da Jovem Guarda, se é que existe machismo inocente". Ele ressaltou também sua amizade com Roberto, afirmando serem muito amigos, que brincam, conversam e contam coisas íntimas: "Compor com ele é um encontro prazeroso. A gente não se mete na vida um do outro. O essencial para ser amigo é um não se meter na vida do outro. A gente confia no amor um do outro, mas não precisa viver grudado."
"Essas amizadinhas de todo dia, muito funfunfun fonfonfon, não funciona. Para ser amigo, você precisa ser ouvinte. O amigo legal é o amigo ouvinte, quase um analista. Se pedir sua opinião, você dá. Se não pedir, não. Acho que esse é o segredo da nossa amizade". Ele também citou a saudade de Tim Maia, dizendo sentir falta de amigos para conversar sobre a cultura do rock'n'roll: "Tim tinha isso, o Roberto já não tem essa cultura do rock'n'roll básico, de conhecer todos. Esse tipo de papo de amigo fanático por rock'n'roll, eu sinto falta de ter."
"Não tenho amigos que conversem sobre isso comigo. O Tim tinha muito esse tipo de papo e hoje não tenho com quem conversar sobre esse tipo de assunto". O músico também aproveitou a conversa e falou sobre seu nome artístico, dizendo que achava que apenas Erasmo era uma coisa 'pobre, feia: "Aí, veio o Erasmo Esteves, mas achei que esse nome me fazia parecer um argentino, não ficou legal a sonoridade. Aí, um dia, li que Carlos era um nome composto por reis."
Ele prosseguiu: "C de Cristo; A de águia, a rainha dos pássaros; R de rei; L de leão, o rei dos animais; O de ouro, o rei dos metais; S de sol, o astro rei. Como andava com o Carlos Imperial e o Roberto Carlos, eram muitos Carlos juntos, mas adotei o Carlos pelo nome mesmo, não por homenagem a alguém". Ele conta que, por conta do isolamento social, acabou ficando viciado em séries:
"Sempre vi filmes todos os dias. Adoro ver filmes e novelas. A pandemia me fez viciado em séries também. Acho This is us maravilhosa. Também me viciei em playlists e fico montando desde o rock'n'roll desde os anos 50. Eu boto e me esqueço do mundo. Deus é música. Sou fanático. Acordo e vou fazer playlist. O mais difÍcil que você vai ouvir na minha playlist são as músicas atuais", completou.