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Enrique Diaz sobre participar nas duas versões de "Pantanal": "País parado no tempo"

Enrique Diaz relata emoção ao estrelar no remake da trama

Ator teve participação em apenas dez capítulos da nova novela - Foto: Reprodução
Ator teve participação em apenas dez capítulos da nova novela - Foto: Reprodução

Redação Publicado em 09/04/2022, às 10h56

Enrique Diaz, de 54 anos, fez um balanço sobre participar das duas versões de Pantanal, e relata emoção ao poder estrelar no remake da novela, em que esteve em apenas dez capítulos. 

Intérprete de Gil, marido de Maria Marruá, Enrique viveu Chico, filho de Gil, na primeira versão: "É uma coincidência louca, mais de 30 anos depois, estar fazendo o pai daquele personagem. A gente se vê, pessoalmente, na passagem do tempo. Vê o país parado no tempo, o que é terrível, porque os problemas são os mesmos."

Diaz também conta como a novela marcou sua vida e sua carreira: "Pantanal é uma novela marcou fortemente a TV brasileira nos anos 90. É uma coincidência louca, mais de 30 anos depois, estar fazendo o pai daquele personagem. A gente se vê, pessoalmente, na passagem do tempo. Esta coisa de fazer o personagem que é pai do outro, 30 anos depois, é muito emocionante. Porque fala do meu percurso no tempo de certa maneira, de me ver mais velho. E fala também de um estado de coisas do Brasil que terrivelmente permanece o mesmo", lamenta ele, que reflete sobre o país.

A gente vê o país está parado no tempo, o que é terrível. Os problemas são os mesmos. Por outro lado, também tem um aspecto emocionante. Gil tem aspecto icônico: é o homem comum do Brasil, do campo, que padece da violência, é massacrado por um sistema. Tiram seus filhos, sua terra, sua identidade.

 O artista conta, ainda, que na época da trama original tinha 22 anos e não tinha filhos: "E agora eu tenho duas filhas. A vivência da perda de mais um filho, os personagens já tinham perdido outros filhos antes, ela fica bem intensificada na hora de fazer a cena". Questionado sobre a diferença de seus personagens entre Amor de Mãe e Pantanal, Diaz explica. "Para mim, essas cenas não são nem um pouco fáceis. Não é um trânsito de atuação que eu frequente."

"Foi como um ‘se atirar ‘ em uma situação que eu não sei qual é, e que tem muito a ver com a percepção dos nossos filhos, de um desejo por uma vida melhor", diz.