Vocalista do Capital Inicial disse que medicamente era seu último vício diário
Redação Publicado em 26/05/2020, às 06h23
Já totalmente curado da covid-19, Dinho Ouro Preto, contou que a doença o ajudou a largar o seu último vício perigoso; o uso diário do Rivotrol.
Em depoimento à revista Veja, o vocalista do Capital Inicial revelou que começou a usar o medicamento para suportar a rotina insana de viagens na qual ele quase sempre ficava sem dormir.
“Deixei para trás a cocaína há quinze anos, parei com o cigarro há dez e estou sem beber há três. E sabe o que mais? Vai parecer maluquice, mas estou há três semanas sem tomar Rivotril. Um hábito horrível que adquiri durante as rotinas insanas de viagens sem dormir. A covid-19 me ajudou nisso: só consegui me livrar quando parei minha rotina totalmente. Era a última substância que eu precisava largar. Agora posso dizer que estou limpo”, explicou.
À publicação, Dinho falou sobre a doença e disse que temeu por complicações durante a batalha contra o novo coronavírus:
“O ciclo do vírus no meu corpo foi de 28 dias ininterruptos de febre. Começava em torno das 18 horas. Eu tomava um comprimido de analgésico e desmaiava. No meio da madrugada, o efeito passava, a febre voltava, eu tomava outro comprimido e tornava a dormir. Acordava pela manhã com o corpo dolorido, sem vontade de sair da cama. Ficava assim até o ciclo se reiniciar mais uma vez. Eu me sentia um mero espectador da batalha que meu organismo travava contra o vírus. Sem poder fazer nada, apenas torcia para que minhas defesas fossem fortes o suficiente para matar o vírus.. No nono dia, clímax da doença, temi por complicações. Comecei a ter falta de ar, uma sensação de estar me sufocando. Você tenta sugar o ar, mas ele não chega a seus órgãos. Parece um afogamento seco. Felizmente, tão rápido quanto apareceu, a infecção saiu do meu corpo. Só fiquei totalmente rouco por um bom tempo. Demorei mais de um mês para conseguir cantar”, explicou.
Dinho disse ainda que, das doenças que já enfrentou (ele já teve gripe suína e dengue), a covid-19 foi a pior de todas: “Nada se compara ao que senti nas semanas em que estive doente. Nunca peguei algo tão forte como esse vírus”, completou.
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