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Breno Moroni fala sobre papel de mascarado em A Viagem: “Era um super-herói disfarçado”

Ator contou que misturou técnicas para conseguir se comunicar em cena

Breno Moroni fez o personagem Adonay em A Viagem - Foto: Reprodução/ TV Globo e Facebook
Breno Moroni fez o personagem Adonay em A Viagem - Foto: Reprodução/ TV Globo e Facebook

Redação Publicado em 03/02/2021, às 06h16

Intérprete do misterioso Adonay em A Viagem, Breno Moroni contou que gostou bastante de fazer o personagem mascarado no remake (da novelista Ivani Ribeiro) exibido pela TV Globo em 1994.

Ao lembrar do trabalho, o ator disse que se sentia como um “super-herói disfarçado”.

“Me chamaram para fazer o Adonay depois que outros dois atores tinham recusado o papel, porque achavam o personagem pequeno, e talvez porque achavam que não dava para ficar famoso usando máscara. No final, o personagem, que a princípio era para ficar apenas em frente a vídeo locadora da Diná (Christiane Torloni) segurando uma placa de propaganda de um refrigerante, foi crescendo e se tornou um personagem interessante”, disse ele, à Quem.

“O personagem era muito querido pelo público, mas uns dos tratos era de que eu não poderia divulgar quem era eu para manter o mistério. Então, eu evitava entrevistas e quando dava, não deixava me fotografarem. Me sentia como um super-herói que andava disfarçado. Era como o Clark Kent e o Superman, eu passava despercebido. Os figurantes não sabiam quem eu era. Eu ouvia comentários sobre o personagem no meio dos figurantes. Foi muito bom esse exercício da humildade. A experiência de ficar em silêncio também é boa para qualquer pessoa”, ponderou Breno.

À publicação, o ator revelou que recebe muito carinho do público toda vez que a novela é reprisada: “Estou recebendo muitas mensagens com carinho, pessoas agradecendo, elogiando. Me sinto muito bem com essa e outras reprises de A Viagem. É sempre muito gratificante”, revelou.

Dublê formado em pantomima e artes circenses, Breno disse ainda que “combinou técnicas” para conseguir se comunicar apenas por gestos e pelos olhos.

“O Adonay me permitiu exercer as técnicas que aprendi. Me formei no Rio de Janeiro em teatro e fui para a Europa estudar mímica e artes circenses. E o Adonay foi muito bom porque pude concentrar todo um aprendizado de expressão corporal, de dança, de pantomima, de mímica. Depois da novela A Viagem, fui dirigir um grupo de atores surdos no Instituto Nacional de Educação dos Surdos. Durante três anos fiquei ali com eles e aprendi libras. É uma pena que eu não tenha tido essa experiência com eles antes. A comunicabilidade corporal do Adonay teria sido ainda melhor”, completou.