Aline Campos revela ter sido vítima de estupro duas vezes: “Curei o trauma na terapia”

Aline Campos, de 34 anos, voltou a falar sobre a violência sexual que sofreu no passado e reveleou, entre outras coisas, que conseguiu curar o trauma com muita terapia, consultas com psicólogo e meditação. 

A bailarina e atriz contou que foi vítima de estupro em duas ocasiões. Ela falou sobre o assunto pela primeira vez no Instagram, após ler a carta aberta publicada pela atriz Klara Castanho na rede social.

“Isso foi algo que graças a Deus eu curei na terapia. Por isso, indico psicólogo e meditação a todas as pessoas que posso. Durante alguns anos, passei por esse processo de curar, de reconhecer. O que acontece? Muitas meninas e mulheres se cegam para a violência que viveram e se sentem culpadas. A mulher pensa que provocou, a sociedade machista nos faz sentir assim. Hoje em dia, agradeço por eu ter conseguido superar e me fortalecer”, contou ela, à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

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Aline acrescentou: “Quando relatei na internet, disse que estava abrindo meu coração na intenção de ajudar. Todas as coisas ruins têm dois caminhos: o que destrói e o que potencializa. Essas violências aconteceram comigo em duas situações. Eu tinha pouco menos de 18 anos. Foi numa época em que eu queria trabalhar, ter as minhas próprias coisas, saía, bebia…”, continuou.

A artista ressaltou que os “homens muitas vezes usam a bebida” para se aproveitar das mulheres:

“Em muitas ocasiões o homem usa da bebida para tirar a culpa e passar para a mulher, que está vulnerável. Por isso é tão importante a gente falar do que não se deve fazer. Muitos homens usam a bebida para aliciar. A bebida faz com que, se a mulher disser ‘não’ e a pessoa forçar; ou então se a mulher dormir, ou então ser drogada por alguém, como aconteceu comigo, ela acorda do pesadelo e acha que a culpa é dela”, disse.

Fui estuprada duas vezes

“Essa falta de consciência traz dúvidas por algum tempo. Foram duas situações bem chatas que eu ressignifiquei. O que posso falar hoje é que, sim, fui abusada sexualmente, fui estuprada. E fui curada em processo terapêutico. Isso me fortaleceu. Estou aqui para dar o meu depoimento, se meninas ou mulheres quiserem conversar sobre como passei por isso”, explicou.

Mãe de um menino de 11 anos, Aline chamou a atenção para importância da educação:

“É importante conscientizar os homens, é fundamental as famílias abordarem o assunto. Torço para que pais e mães parem de ser machistas e de ensinar que os filhos têm que sexualizar a mulher”, completou.