Jul Figueiró foi demitida de transportadora após entrar no concurso
Redação Publicado em 12/07/2022, às 07h50 - Atualizado às 18h30
Uma das candidatas a Miss Bumbum neste ano, a caminhoneira Juli Figueiró acabou sendo demitida da transportadora onde trabalhava após entrar para o concurso.
Representante do Rio Grande do Sul na disputa, ela contou que, com o desligamento, vai investir mais tempo na produção de conteúdo adulto para o OnlyFans e Privacy:
“Mais do que nunca, agora meu foco é vender meus conteúdos picantes. Como fui desligada, preciso correr atrás do prejuízo também. Além da votação [do Miss Bumbum], estou sendo bem estratégica para levar esses fãs para as minhas plataformas. Estou investindo muito em novos vídeos e produções”, garantiu ela, em conversa com o CENAPOP.
Juli acrescentou: “Passei a fazer conteúdos mais temáticos, atender mais pedidos dos fãs e a interagir mais também porque estou tendo mais tempo. Como o meu trabalho como caminhoneira reduziu, consigo dar mais atenção para os assinantes e pensar em novos vídeos. Ainda aposto em conteúdo amador, que é o preferido dos homens. Conto com a ajuda do meu marido, que também me dá ideias, me ajuda a gravar e me incentiva bastante”, revelou.
“Tenho OnlyFans e Privacy, os conteúdos são os mesmos. E posso dizer: Nas minhas plataformas é all inclusive (risos). Porque muita gente cobra baratinho, mas depois ficam insistindo para os assinantes comprarem conteúdos separados, pagando à parte. Aí no final sai caro”, continuou.
Uma das favoritas ao título de Miss Bumbum, Juli contou que os fãs pagantes fazem todos os tipos pedidos, dos mais simples aos mais esquisitos e estranhos:
“Já recebi muitos pedidos estranhos, falar desse universo de fetiches é meio maluco (risos). A galera tem tara por coisas diferentes. O que mais recebo é pedido para mostrar os pés, fazer movimentos provocativos com eles e pisar em objetos. Recentemente, me deram uma gorjeta de 100 dólares para ver as solas dos meus pés na rodovia”, lembrou.
“Já me pediram para gravar fazendo xixi na beira da estrada também, e fiz sem problema (risos). Me pedem cenas no caminhão e durante as viagens. E já gravei muitas coisas, confesso. Já me exibi para motoristas, troquei de roupa com as cortinas abertas, já andei de pijaminha sexy em posto de combustível, já provoquei frentista com pouca roupa. O pessoal tem fetiche nessas coisas que envolvem o meu trabalho. Hoje chego a faturar 10 vez mais, em torno de R$ 60 mil”, comemorou.
Ao falar sobre o desligamento da transportadora onde pegava frete, a criadora de conteúdo explicou que chegou a se sentir culpada:
“Fiquei chocada quando soube que fui desligada da transportadora e por alguns dias fiquei me perguntando se tinha feito mesmo a melhor opção de entrar no concurso. Mexeu muito comigo. Por incrível que pareça, me senti culpada por um instante. É muito ruim estar em um meio tóxico e abusivo com pessoas machistas, incluindo mulheres, que discriminam sem a menor piedade”, contou.
“De certa forma, eu já sabia que corria esse risco de me expor e ser julgada, ainda mais por trabalhar em um meio onde 90% são homens. Primeiro porque antes mesmo do Miss Bumbum, já comentavam sobre as minhas roupas. O pessoal da transportadora pedia para usar roupas mais largas e às vezes fechadas, mas o meu bumbum é grande mesmo, não tem como disfarçar. Depois, quando entrei no concurso, as críticas passaram a ser mais frequentes e muitos ataques nas redes sociais, vindo também de mulheres. É preconceito, discriminação. A gente sente quando existe um olhar de julgamento, um olhar maldoso e de tabu”, completou.
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