Saiba se Venom 2: Tempo de Carnificina é bom mesmo; filme estreou hoje (07/10)
Redação Publicado em 07/10/2021, às 11h34
Venom 2: Tempo de Carnificina é a próxima grande estreia dos cinemas no mundo inteiro, e dá continuidade a um inesperado sucesso de bilheteria estrelado por Tom Hardy. Nesse filme, ele também atuou como produtor e co-autor da ideia original, baseado nos quadrinhos da Marvel.
O longa-metragem não perde tempo com explicações e começa quase exatamente de onde parou no primeiro filme. Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy, continua tendo de lidar com o simbionte com o qual divide seu corpo, enquanto se vê às voltas com o investigador Mulligan, interpretado pelo Stephen Graham.
Enquanto isso, se desenrola a história de Cletus Kasady, papel de Woody Harrelson. Preso em uma penitenciária de segurança máxima, ele está no corredor da morte. Uma série de situações unem Cletus e Eddie, que acaba sendo responsável por antecipar a morte do serial killer. Em uma última visita antes da execução, Cletus consegue contato com o sangue de Eddie, que está dominado pelo sangue de Venom.
É desse ponto que o filme finalmente começa a caminhar. Apesar de parecer uma introdução longa, todas essas ações não levam mais do que 20 minutos para acontecer. E ainda houve tempo para, no começo do filme, apresentar a história de amor entre Cletus e Shriek, interpretada no filme por Naomie Harris, que começou no internato onde os dois estiveram durante a juventude. É esse sentimento que vai nortear o resto da história.
Normalmente, reclamamos que os filmes têm finais apressados e que não resolvem muita coisa. Em Venom 2 acontece o contrário: quase todo o filme é composto pelo final. É um longo ato em que, como não poderia deixar de ser, os dois simbiontes se encontram. O diretor Andy Serkis (sim, o mesmo que fez o Gollum no Senhor dos Anéis, o King Kong no filme do Peter Jackson, também fez o César em Planeta dos Macacos) aposta na ação e no humor para fazer esse filme funcionar, e consegue um resultado ligeiramente melhor que o anterior.
Ele, mestre em efeitos visuais, entendeu aquilo que o público queria e transformou o terceiro ato do filme em um show de pirotecnia. Até chegar lá, no entanto, era preciso entregar um fiapo de história, e aqui então temos Eddie tentando se acertar com a ex, Anne, papel de Michelle Williams, enquanto lida com o companheiro dela, por quem ele foi trocado. São as cenas mais, digamos, normais desse filme.
Ele também trabalha com o humor, principalmente na relação entre Eddie e Venom, que vira praticamente um bromance. É o simbionte, inclusive, quem tem as melhores cenas, como quando vai para uma festa underground e faz um discurso a favor da igualdade (sim). São essas gags que arrancam as risadas para dar o alívio cômico necessário e gerar o carisma desses dois personagens, Eddie e Venom. Só depois, começa a pancadaria.
E Venom 2 tem pancadaria a torto e a direito. Como já foi dito, o final do filme toma quase todos os 90 minutos de duração, sendo ação desenfreada, o que tira a oportunidade de um desenvolvimento de personagem que vá mais além, principalmente para Woody Harrelson e Naomie Harris, que tem pouco tempo para nos fazer acreditar no amor que nutrem desde a juventude.
Além disso, apesar de ter bastante tempo, o final tem pontas não explicadas, como o que acontece com Mulligan depois de seu último contato com Shriek. E claro, a cena pós créditos, que é absolutamente surpreendente e faz questionar qual vai ser o próximo passo de Venom nos cinemas. Quer dizer, essa cena deixa óbvio, mas como isso vai acontecer é que é o grande mistério, tal qual nos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel.
Venom 2, então, serve como um filme de comédia, um bromance com pancadaria e efeitos digitais. Por mais raso que seja, diverte bastante e entretém, dando uma sensação de satisfação no fim -- e claro, com o mistério da cena pós-crédito, um gosto a mais para ficar atento ao que pode vir.
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