O patrimônio do cantor processou a emissora por mais de R$ 530 milhões
Redação Publicado em 19/11/2020, às 17h47
A emissora americana HBO pediu nessa quinta-feira (19/11) para que os tribunais americanos abandonassem o processo feito pelo patrimônio de Michael Jackson pelo documentário Leaving Neverland, segundo a Variety.
O patrimônio processou a HBO por mais de R$ 530 milhões, dizendo que a emissora quebrou uma promessa de 27 anos de que não iriam denegrir o cantor ao acusá-lo de abuso sexual de menores.
Também foi argumentado que os participantes do documentário -- Wade Robson e Jason Safechuck -- tinham incentivos financeiros para fabricar as alegações. Michael morreu em 2009, e por isso a HBO não pode ser processada por difamação. Em vez disso, o patrimônio invocou uma cláusula de não-disparidade de um contrato para um filme sobre a turnê Dangerous, de 1992.
Em setembro de 2019, o juiz George Wu ficou do lado do patrimônio de Jackson, permitindo que o caso fosse para arbitragem. HBO apelou a decisão, dizendo que a disputa por Leaving Neverland não tinha nada a ver com o contrato de 1992.
Theodore Boutrous, argumentando pela HBO, implorou que o painel de juízes abandonasse a decisão, nessa quinta-feira (19/11). Ele argumentou que o patrimônio entrou com esse processo como "golpe publicitário", e que a HBO nunca teria dado ao patrimônio o direito de vetarem os direitos da empresa.
Jonathan Steinsapir, arguentando pelo patrimônio, disse que Michael era a maior estrela do mundo naquela época, e que isso foi oferecido como uma barganha para a cláusula de não-disparidade. "Jackson era sujeito a reportagens de tablóide extremamente ridículas. Não é absurdo que ele colocaria essa condição em um contrato."
Ainda não há um consenso sobre qual lado sairá vencedor.
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