Cantor foi condenado por usar trechos da canção de Mário sem autorização
Redação Publicado em 31/05/2021, às 09h53
O músico e compositor Seu Jorge foi condenado mais uma vez a indenizar a família do cantor e escritor, Mário Lago, e terá de pagar a indenização no valor de R$ 500 mil, segundo o jornal O Globo.
Desde 2007, Seu Jorge tem enfrentado uma batalha judicial por uso indevido da música 'Ai, que saudade da Amélia', em 'Mania de Peitão'. Além disso, a gravadora Universal Music e a Cafuné Produções também participam como rés. A primeira instância, que o condenou a pagar o valor, foi recorrida por Seu Jorge, em 2019.
O músico foi condenado a indenizar a família de Mário mais uma vez, porque a Justiça compreendeu que os dois trechos de sua canção foram usados sem autorização por Seu Jorgen em 'Mania de Peitão', do álbum 'Cru', bem como nos DVDs 'Seu Jorge' e 'Live in Montreux'. A 29ª Vara Cível do Rio de Janeiro tomou a decisão na última sexta-feira (28/05), no entanto, ainda cabe recurso.
A família do cantor está sendo representada pela advogada Deborah Sztajnberg, que foi procurada junto com a assessoria de Seu Jorge pelo jornal Extra, que ainda não obteve retorno até então. Quando se defendeu, o músico explicou que queria homenagear os autores das músicas mas que, ao ser lançada em 2004 por uma produtora francesa, o produtor responsável, estrangeiro, não lembrou de incluir os nomes de Mário e Ataulfo Alves.
Ele contou, ainda no depoimento, que as editoras acertaram o repasse de 50% dos direitos relativos à música, após uma ligação de um dos filhos de Mário. Ele ainda disse que os trechos do álbum começaram a ser editados com a música 'Mania de Peitão' sem citar 'Ai que saudade de Amélia' após a repercussão. A família de Mário diz que, mesmo com o acordo do pagamento feito, houve um 'lapso temporal, que mediou entre 2004 e 2006' (ano da transação), em que não houve pagamentos'.
Em 2019, a advogada de Mário afirmou que os herdeiros do cantor estavam insatisfeitos com a letra de Seu Jorge: "A mágoa é brutal. Os herdeiros me disseram: "Meu pai se estivesse vivo estaria estapeando a gente", por transformar a beleza de uma letra como a de "Amélia" a colocando nesse tipo de música. É o direito moral do autor. Tem quem ceda música de graça e quem prefere não liberar por dinheiro nenhum do mundo."