Rita Cadillac abriu o coração e comentou sobre ter passado por momentos difíceis
Redação Publicado em 15/12/2021, às 07h46
Rita Cadillac, 67 anos, relembrou de momentos difíceis em sua biografia Rita Cadillac - Frente e Verso, onde abriu o coração e comentou sobre ter conseguido falar de coisas que a machucavam.
Em conversa com a Quem, Rita revelou que diversas vezes contou intimidades pelo telefone, enquanto limpava a casa: "Foi uma terapia para mim. Consegui falar sobre coisas que me machucava. Foram milhares de encontros. Ele vinha para a minha casa e quando dava eu ia para casa dele. A gente também se falou muito por telefone. Era gozado porque ele tinha vezes que ele começava a perguntar algo sério e eu respondia enquanto limpava o banheiro."
"Sou aquele tipo de pessoa casca dura, que não chora em público, que faz acontecer. Criei essa casca dura para sobreviver e não deixar que as pessoas me machucassem. Mas, no fundo, sou a maior manteiga derretida e o livro mostra esse meu outro lado também", disse. A atriz tem um passado doloroso, sem conhecer seu pai, além de ter sido abandonada pela mãe, sendo criada pela avó paterna. Seu casamento foi marcado por roubo do marido, traições e sexo sem consentimento. Após perder a avó e com um filho para criar, a Cadillac se viu sozinha e precisou fazer programa para ter renda.
"Minha vida é uma bomba atômica! Perdi tudo e fui julgada por tentar sobreviver. Minha vida sempre foi uma luta, nada veio fácil. Tento sobreviver até hoje. Bato em mim mesma e de frente com os outros. Fiz programa por um curto tempo, mas sempre fui julgada. No meu casamento, mesmo virgem, fui chamada de vagabunda por um mendigo. As pessoas falam e te pré-julgam sem saber da sua história e quem você realmente é. Isso me machucou muito. Eu era a pessoa mais pura e inocente do mundo". Quando deixou a prostituição, conseguiu trabalho em uma companhia de dança, que a faz ser descoberta por produtores do programa de TV Chacrinha.
Rita aceitou fazer a participação na TV, mas virou trabalho fixo: "Nunca me senti um mulherão. Aprendi com tudo com Rogéria, que me deu a oportunidade de trabalhar na companhia. Ela me ensinou a me a maquiar, andar, comer e até a transar. Sou muito grata a ela e fiquei chateada por não poder citar o nome dela no livro. Tivemos que colocar um nome fictício e não usar fotos minhas com ela já que a família dela estava exigindo dinheiro", disse.