Cantora revelou o motivo pelo qual nunca posou para a Playboy
Redação Publicado em 05/10/2020, às 06h20
Atualmente com 58 anos, Paula Toller participou de um bate-papo revelador com o jornalista e historiador de música brasileira Rodrigo Faour.
Durante uma extensa live no Instagram, a cantora falou abertamente, entre outras coisas, sobre o fim da banda Kid Abelha, sua primeira música feminista, da atual onda de cancelamentos, da virgindade e dos incessantes convites para posar nua.
“Isso [posar pelada] era um clássico daquela época, dos anos 80 e 90. Você tinha que cumprir coisas. Você ia no Fantástico, ganhava o prêmio tal e posava nua se fosse mulher. Eu pensava naquilo... Eu não fico presa num estúdio de televisão, é diferente. Imaginava eu naquele ônibus com a banda viajando... E aquelas pessoas ali, folheando a revista... Meu filho pequeno... Foram várias propostas. Tinha uma espécie de ranking na época, das mais desejadas, que eram as que não topavam. Mandavam flores, chocolate”, contou ela.
Sobre o namoro na adolescência, Paula revelou que foi uma das últimas de seu grupo de amigos a começar a namorar, mas uma das primeiras a transar:
“Não andava com o pessoal mais moderninho, não. Da minha roda de amizade, da escola ou da rua, fui uma das últimas a namorar. Comecei a namorar com 15, mas fui uma das primeiras a transar. Já tive logo um primeiro namorado que durou quatro anos”, revelou.
“Tenho o maior respeito, e o Kid Abelha para mim não é nenhum tabu. É uma coisa que só foi boa. Acabou porque tinha que acabar porque não seria mais boa. Tem uma hora que os personagens não cabem mais em você. Sinceramente tive muita sorte de fazer sucesso muito cedo, de fazer um grande sucesso muito cedo. Estou falando de coração. Só tenho boas lembranças. Tudo de bom que tenho na vida foi a música que me deu. Até o Lui (Farias, seu marido)”, comemorou.
“Garotos foi uma música que, na época, eu me achei muito metida fazendo. Mas foi bom porque se você não é metida, no sentido de ter uma certa arrogância, você não faz nada. Tipo assim, vou falar isso mesmo. Acho que foi minha primeira música feminista. É curioso que a música envelheceu bem”, ponderou.
“Apanhei muito. Hoje em dia fala-se muito de cancelamento, mas eu sou cancelada pela crítica há décadas. Estou acostumada. Era um massacre, um bullying. Atualmente teria mil nomes para isso. É claro que eu também estava aprendendo. Fazia um monte de coisa que deu certo e um monte de coisa que não deu. Mas eu tinha, sim, a ambição de ser uma compositora, uma cantora, uma artista”, continuou.
“A gente fazia o Chacrinha toda semana porque a música, Pintura Íntima, ficou um ano tocando sem parar. Existiam esses shows de subúrbio de playback, e quem arrumava esses shows era o pessoal da produção do Chacrinha. O primeiro dinheiro que eu ganhei foi com show de playback. Não tinha infraestrutura nenhuma de ao vivo. O público queria ver os artistas que eles viam na televisão. A gente ia lá e dublava. Comecei a levar dinheiro para casa porque era pago em notas, notas pequenas. Era um bolo de notas e eu guardava o dinheiro numa gaveta em casa. Eu falei: 'meu deus, minha avó vai achar que eu virei prostituta, alguma coisa assim".
“É o que eu faço, o que eu sei fazer, o que eu gosto. Eu persigo a música perfeita de três minutos. Disso eu não abro mão. É o que eu sempre quis fazer desde o princípio. Eu amo cantar e cada vez mais. Graças a Deus minha voz está intacta e tenho saúde vocal. Batalho um bocado por ela. Eu tenho um lugar no mercado. É claro que tem uma geração que não me conhece muito bem, mas sinto que meu trabalho passa pelas gerações e as pessoas vão tendo curiosidade. Tenho uma carreira sólida”, completou.
Ver essa foto no Instagram
Ver essa foto no Instagram
Ver essa foto no Instagram
COLUNISTAS