Maria Eduarda de Carvalho perdeu a irmã, Maria Antonia, vítima de câncer raro e agressivo
Redação Publicado em 22/11/2021, às 10h06
Maria Eduarda de Carvalho, 39 anos, relembrou sua gravidez de risco e a perda da irmã, Maria Antônia, vítima de um câncer raro e agressivo, ao falar sobre o sonho de ser mãe, em conversa com a Quem.
Ao ser questionada se sempre havia sonhado em ser mãe, a atriz conta: "No meu caso, o que me levou a desejar ter filhos foi a construção de uma relação. A partir de um encontro amoroso que durou quase dez anos a vontade de ser mãe e de formar uma família por escolha foi se fazendo presente. Mas, ao contrário do que muitas mulheres narram, não curti ficar grávida."
"Tive uma gravidez de risco e minha irmã estava morrendo, enquanto Luiza crescia dentro de mim", disse. Maria Eduarda revela que não chegou a estabelecer qualquer relação com a barriga da gestação. "Não existiu nenhum saber prévio ou instinto que me guiasse. Só me inaugurei mãe no momento em que Luiza nasceu. A experiência da maternidade se deu - e ainda se dá - com a prática. E sou imensamente grata a ela. Graças a essa experiência, tive a oportunidade de rever o mundo através dos olhinhos desacostumados de minha filha Luiza e pude olhar - através de novos ângulos - a minha mesma vida."
Ela prosseguiu: "O exercício de ser mãe também me deslocou do centro da minha existência, parei de girar em torno do meu próprio umbigo e, consequentemente, me tornei uma pessoa mais generosa e atenta ao outro".
Em meados de junho, a artista contou ao Notícias da TV que recorreu à arte para poder lidar com a pandemia da Covid-19, lamentou a escassez no mundo artístico no Brasil: "Arte e educação são poderosas ferramentas de transformação social porque estimulam o pensamento crítico, nos empoderam. Paulo Freire [educador e criador da pedagogia crítica] dizia que a educação não transforma o mundo, mas muda pessoas, e aí as pessoas transformam o mundo. Arte não é apenas uma forma de entretenimento, é também uma arma imprescindível no combate à ignorância e à dessubjetivação humana", disse ela na ocasião.
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