Rapper estreia a segunda temporada de Mano a Mano em breve
Redação Publicado em 18/03/2022, às 08h01
Prestes a estrear a segunda temporada do podcast Mano a Mano, no próximo dia 24 de março, o rapper Mano Brown, de 51 anos, abriu o jogo sobre a fama de “ignorante e intransigente”, e revelou que por muito tempo conviveu com a “alcunha de burro”.
Em entrevista à Quem, o rapper explicou que muita gente ficou surpresa e o criticou por mudar de ideia sobre alguns assuntos:
“Eu pago o preço. [As pessoas falam] ‘cadê a convicção do Brown que eu abracei?’. Se questione também. A gente é uma metamorfose ambulante. A gente muda! Com 20 é uma coisa, com 22 e com filho é outra. E assim o homem vai evoluindo, mudando, ou não. Não é que você vai ficando mais velho que vai melhorando. A maturidade não é necessariamente um aparador de aresta”, explicou.
Ele acrescentou dizendo que muitas vezes as pessoas se surpreendem ao vê-lo abordar certos assuntos.
“As pessoas me colocavam como um cara muito ignorante e intransigente. (...) Comecei a conviver com a desconfiança da minha inteligência quando eu comecei a querer saber das minhas coisas. Não sou um rockstar, que só faz loucura. Eu era obrigado a conviver com uma alcunha de ser um cara burro. Muita gente se surpreendeu ao me ver falando de alguns assuntos. Outro dia um cara estranhou porque eu falei que eu sou taurino! Que mundo você vive? Só por que eu faço rap? Sou taurino, tenho fome o dia inteiro, tenho preguiça. Sou teimoso até umas horas. Conhece-te a ti mesmo e a verdade o libertará!”, disse.
Ao falar sobre a nova temporada do podcast, ele explicou que já tem uma lista de convidados estrelada, incluindo Emicida, Cecília Oliveira, Seu Jorge e André Caramante, entre outros.
“Estou feliz. Quero ser transparente, não quero vender uma coisa que não sou. Unanimidade não existe mesmo. O Lula é exemplo. O cara que foi quase 80% de aceitação e um dia foi preso. Um dia você está no topo e no outro no fundo de uma cela. Em dez anos, ele passou a ser um bandido. Esse é o Brasil, memória curta. A gente tem que saber o mundo que vivemos. É uma guerra ideológica e muitas vezes física também”, ressaltou.
A segurança pública é um dos assuntos que pretende abordar no programa:
“Esse tema é um dos mais sensíveis para mim. Para um cara desavisado, vão falar: ‘O Brown está questionando a Justiça por que?’, que ‘a periferia está insegura e precisa de polícia? Quem o Brown está questionando?’. Às vezes o consenso não existe. Está em aberto para novas opiniões, não fechamos o baú das ideias”, garantiu ele.
“De uma forma direta, simples. Uma abordagem que seja prática para a vida do cara. O jovem já ouviu todo o tipo de conversa romantizada, poética, das outras gerações. Esses assuntos precisam ser abordados de forma direta, com urgência. A juventude está conectada com milhares de coisas ao mesmo tempo. Tem que ser objetivo. É a forma que eu tento me comunicar. O entrevistado tem que saber que esse público está ouvindo ele, esse é o legado. Tem que se fazer entender”, completou.
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