Ator teve embolia pulmonar e ficou internado por mais de um mês
Redação Publicado em 01/09/2021, às 05h59
Luciano Szafir, de 52 anos, contou que mudou bastante fisicamente e espiritualmente após lutar contra a covid-19 一 ele teve embolia pulmonar e foi entubado 一 e passar por um tratamento que durou mais de um mês no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.
Já recuperado, o ator e apresentador explicou que é “outra pessoa” e ressaltou que o pós-covid é tão complicado quanto o período em que passou doente.
“Não sou mais o mesmo Luciano de antes. O pós-Covid é tão complicado quanto o durante. A recuperação é lenta e entender isso ajuda muito. Tenho lapsos de memória, canso muito mais rápido e ainda fiz uma colostomia. Não é fácil, mas me sinto privilegiado por ter oportunidade de acompanhamento médico e toda assistência que preciso. Eu saí do hospital já com orientação de acompanhamento emocional. Pela primeira vez estou fazendo terapia. Tem sido fundamental para a minha recuperação”, explicou ele, à Quem.
Luciano acrescentou: “Depois dos altos e baixos e o risco de morte tão perto, os medos aumentam. As noites são sempre mais complicadas. Fico preocupado que algo aconteça, muitas sensações de angústia voltam a rondar os pensamentos. Mas, graças a Deus, estes momentos estão acontecendo cada vez menos”, continuou.
À publicação, o apresentador revelou que a experiência ajudou a abrir os olhos para as outras pessoas que enfrentam o mesmo problema. Decidido a ajudar, ele apadrinhou o projeto Com Vida, de Raquel Trevisi, que dá apoio às pessoas carentes no pós-covid.
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“E os que não têm a mesma oportunidade que eu? Por isso, aceitei o convite para ser padrinho do projeto Com Vida, idealizado pela Raquel Trevisi, que também é sobrevivente da Covid. Nele, batalhamos por doações para ajudar a grande fatia da população carente no tratamento pós-Covid”, contou.
Pai de Sasha Meneghel, da relação com Xuxa, e Mikael e David, do casamento com Luhanna Melloni, Luciano disse que rever os filhos trouxe um alívio indescritível:
“Rever meus três filhos foi um alívio que não sei como descrever. Quando eles estiveram no hospital e eu pude novamente sentir o cheiro deles, só conseguia agradecer pelo milagre de estar vivo. E o momento da alta também foi especial. Apesar da insegurança de não ser monitorado 24h por dia, sentir o vento no rosto e entrar na minha casa depois de 32 dias internado foi muito emocionante”, explicou.
“Desde que voltei para casa, a primeira coisa que faço quando abro os olhos é agradecer por estar vivo. Estou voltando com minha rotina aos poucos. Vivo um dia de cada vez. Faço a minha fisioterapia, vou tocando a vida profissional, tiro um tempo para meus filhos, minha mulher. Mas aprendi a respeitar os meus limites. Tem dias em que estou mais disposto, outros, nem tanto e tudo bem. Aprendi que a vida não pode ser desperdiçada com bobagens. Que não temos controle de nada. Por isso, temos que viver intensamente, ficar atentos aos mínimos detalhes, que passam despercebidos por causa da correria em que vivemos. Se cuidar e se respeitar. Parece clichê, mas realmente só damos valor quando perdemos. Aos que estão sofrendo com o vírus, sei que não é fácil, mas não percam a fé”, incentivou.
Infectado duas vezes com o vírus em um período de quatro meses, Luciano contou que ficou mais aliviado após tomar a vacina:
“Um grande alívio. Sei que é apenas o começo, mas um passo importante para este momento difícil em que estamos vivendo. Uma luz no fim do túnel. Mas, ao mesmo tempo, sinto uma profunda tristeza por aqueles que não tiveram a chance de se vacinar e perderam suas vidas antes que o imunizante chegasse”, completou.