por Eduardo Graboski
Publicado em 01/04/2025, às 11h19
É oficial: o Brasil é o país que mais assiste e consome realities no mundo. O gênero se tornou mais popular do que os tão aclamados programas de auditório, sucesso nos anos 90 e 2000.
De Casa dos Artistas, Big Brother, A Fazenda até MasteChef, o público se envolve e se conecta com personagens, narrativas, fofocas, intrigas e conflitos, que movem esses programas.
É cultural, os brasileiros gostam de ‘novelinhas’ e de ‘espiar’ a vida alheia, comentar sobre as pessoas, suas atitudes, opiniões e personalidade, além de se conectar com histórias de vida, narrativas e temas polêmicos que surgem durante um confinamento.
De olho nisso, a Endemol Shine, produtora mundialmente conhecida, pretende lançar por aqui novas produções. Um deles é o Deal or No Deal Island, lançado nos Estados Unidos, que traz um reboot do clássico Topa ou Não Topa, exibido pelo SBT, mas em uma floresta e com outros desafios.
Homens e mulheres terão que competir em provas de resistência e habilidades em uma ilha para poder recuperar maletas cheias de dinheiro. Nos EUA, o reality virou hit e no Brasil a expectativa não é diferente. O programa deve selecionar anônimos e aspirantes à fama.
Outro reality é o The Summit, que acompanha um grupo de pessoas durante escalada a uma montanha para encontrar prêmios ao longo do caminho. O desafio tem de ser cumprido em 14 dias e, a cada ponto de descanso, todos devem votar para eliminar. Quem chegar ao topo ganha até R$ 1 milhão.
O formato nasceu na Austrália e foi adaptado para os Estados Unidos neste ano. No Brasil, seria próximo de No Limite, exibido na TV Globo. A proposta é colocar homens e mulheres para um desafio físico, além de valorizar cenas de convivência e uma votação quente.
Já o terceiro é bem diferente dos outros, mas tem algo em comum: a disputa por dinheiro. O Fortune Hotel, do Reino Unido, é um reality de convivência que se passa em um resort cinco estrelas onde os participantes disputam malas que podem ter uma chave de saída (eliminação), apenas papel, ou dinheiro.
O grande barato desse reality é a sequência de dinâmicas inusitadas. Estratégia, blefes e decisões cruciais marcam cada episódio. A dupla que encontrar o dinheiro só poderá manter o prêmio se conseguir proteger a maleta por oito dias em meio a provas e “confusões”.
Os novos programas trazem a promessa de renovar o mercado de realities e apresentar novidades para o público. Agora, a Endemol deve oferecer os formatos a emissoras de TV e plataformas de streaming. Record e SBT chegaram a ter acesso a propostas. Já estamos ansiosos pelas estreias.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.