Atriz contou que não tinha formação e que foi pegando o jeito com o tempo
Redação Publicado em 30/10/2020, às 07h16
Uma das atrizes mais cobiçadas da atualidade, Juliana Paes, de 41 anos, contou que levou “muita bronca” até “pegar o jeito” no início de sua carreira de atriz, quando interpretou a empregada Ritinha, na novela Laços de Família (2000), de Manoel Carlos.
Ao lembrar do trabalho, ela explicou que é “cria da casa” ― não havia feito curso de de teatro e TV quando entrou no folhetim ― e que simplesmente não “sabia se posicionar em cena:
“Não sabia me posicionar, então era muito difícil e penoso para mim. Acho que a Marieta Severo merece meu agradecimento especial. Ela teve um papel fundamental para a minha carreira e talvez nem ela saiba. Eu não tive uma formação profissional de cursos. Sou uma cria da casa e aprendi fazendo, tomando bronca. Cheguei à novela muito crua”, explicou ela, à revista Quem.
Juliana explicou à publicação que, por ser inexperiente, ficava exausta, e esse cansaço a fez pagar um mico; ela dormiu em cima de uma bandeja.
“Lembro que cheguei a dormir em cima de uma bandeja (risos). Era uma cena enorme com Marieta, Carol Dieckmann, Giane [Reynaldo Gianecchini]. Eu tinha que entrar em cena segurando a bandeja e falar: ‘sim, senhora’. Na sequência, perguntariam sobre uma ligação e eu falaria: ‘não, senhora’. Enfim, texto decorado. Sentei para esperar a cena enorme. Muda de posição, troca de lente e cadê a Juliana? Adivinha? Eu cochilei. Tinha 20 anos. A cochilada foi um mico, mas só foi uma vez”, revelou.
Por ser novata, Juliana Paes explicou que tinha medo de ser excluída pelo elenco estrelado da produção. O que aconteceu, no entanto, foi algo totalmente contrário.
“A receptividade do elenco e equipe, às vezes, me tirava um pouco o sono. Ficava apreensiva se seria deixada de lado por não ser da patota, mas pelo contrário. Eles me tratavam tão bem, queriam saber de onde eu vinha, como tinha sido o teste, como conheci o produtor… Tinham interesse pela minha história. Eu me senti muito acolhida”, contou.
Ao lembrar dos perrengues em cena, Juliana Paes citou uma tomada na qual contracenava com Alexandre Borges (Danilo Menezes, na trama), em que quase se afogou de verdade, além do nervosismo para decorar até pequenas falas.
“O perrengue era o do nervosismo e da angústia. Cenas com muita gente falando e você com uma frase pequenininha… Imagine se eu erro um ‘com licença’ no meio de um ‘bife’ [expressão usada para textos longos] de alguém? Era tenso… Então, acabava decorando as falas dos outros. Os erros e os acertos nos encaminham para os lugares em que estamos agora. Meu conselho seria: ‘faça igualzinho, Juliana’. Agora, falando em uma situação curiosa dos bastidores, lembro que o Alê [Alexandre Borges] me afogou na piscina. Quase me afogou (risos). Era um frio de lascar naquelas externas da casa da Alma. Aquele dia foi de lascar. Passei mal (risos)”, completou.
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