Halsey escreveu carta aberta para revista e comentou sobre seus abortos
Redação Publicado em 03/07/2022, às 21h58
Recentemente, a cantora Halsey escreveu uma carta aberta para a revista "Vogue", dos Estados Unidos, e relembrou os três abortos que teve antes de completar seus 24 anos de idade, antes de ter seu filho, Ender. "Muitas pessoas me perguntaram se, desde que tive uma criança após anos de luta para fazê-lo, reconsiderei minha posição sobre o aborto", disse a cantora que atualmente tem 27 anos. "A resposta é firmemente não. Na verdade, nunca me senti tão forte sobre isso", decretou Halsey.
"Meu aborto salvou minha vida e deu lugar para meu filho ter a dele. Toda pessoa merece o direito de escolher quando, se e como terá essa experiência perigosa e que altera a vida. Vou segurar meu filho em um braço e lutar com todas as minhas forças com o outro", protestou a artista, revelando que ela mesma passou por uma experiência de interromper uma gestação.
A cantora, que teve seu primeiro filho em julho do ano passado, ainda revelou que já havia abortado três veses: "Parecia uma ironia cruel que eu pudesse engravidar com facilidade, mas lutava para manter a gravidez", escreveram. "Um dos meus abortos exigiu 'cuidados posteriores', uma maneira gentil de dizer que eu precisaria de um aborto, porque meu corpo não poderia interromper a gravidez completamente sozinho e eu correria o risco de entrar em sepse sem intervenção médica".
Halsey ainda acrescenta que eles "choraram" durante o procedimento pois estavam "desesperados para acabar com a gravidez que ameaçava minha vida". "Eu estava com medo por mim mesma e estava desamparada", disse a artista, vendo que ficariam traumatizados com a experiência e acabou reescrevendo seu testamento: "Eu estava preparada para o pior. Dei instruções detalhadas sobre a doação de meus órgãos caso eu morresse ou fosse declarada com morte cerebral, ou seja, se meu coração batesse, mas meu cérebro não estivesse funcionando, o estado teria permissão para cortar minha carne quente e ainda corada e tomar meus órgãos para salvar outras vidas".
Desde então, Halsey faz uma comparação que traz em questão a discussão sobre o direito do aborto. "Engraçado que, enquanto meu próprio coração equivaleria a nada mais do que uma série de movimentos involuntários em uma mesa de operação, um coração batendo no meu útero poderia significar que eu não poderia consentir em salvar minha própria vida".
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