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Claudia Abreu fala sobre sua família e a perda do sogro

Atriz deu entrevista à canal no YouTube

Claudia Abreu - Reprodução/Instagram
Claudia Abreu - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 06/01/2021, às 15h22

Em entrevista com Naná Karabachian, disponível no YouTube, Claudia Abreu falou pela primeira vez sobre a perda do seu sogro, pai do diretor José Henrique Fonseca, com quem é casada há mais de 20 anos.

"Todo ano sempre tem algumas perdas significativas de pessoas que você até não conhece, mas que você admira e sente muito. Mas este ano perdi meu sogro, que era um pai para mim. Foi uma porrada. E agora tanta gente querida, tanta gente indo embora. Essa Covid varrendo...", disse a atriz.

Ela também falou sobre seus quatro filhos: Maria, de 19, Felipa, de 13, Joaquim, de 10, e Pedro, de 9. "Eu acho que, no fundo, você de alguma maneira intui as coisas. Eu curti muito antes de ter filho. Eu me lembro que tinha na minha cabeça que ia ter aos 30 ou depois dos 30. Porque eu gostava muito de viajar. Ainda gosto. Sempre gostei de viajar, de fazer aquelas viagens longas de mochila, pela Europa. E sempre gostei muito de trabalhar. Então, pensei assim: 'Não posso ter filho numa idade em que vou ficar incomodade de ficar presa. Então, vou curtir bastante, trabalhar bastante, viajar bastante'. E aí, quando eu tive meus filhos, primeiro que me deu uma outra história interna, de uma compreensão do que realmente importa."

Ela continua: "Falam muito dessa palavra propósito hoje em dia. E eu realmente entendi. Porque você acha, durante uma fase da sua vida, que seu propósito é ser atriz. Depois seu proposito é fazer o bem. É tudo isso, mas ser mãe é certamente uma coisa muito forte que vim fazer nesta vida. Dá uma sensação que você fala: 'Entendi por que estou, por que cada filho veio pra mim, o porquê desses encontros, por que com esse pai, com esse marido'. Você começa a entender os encontros. Não sou espírita, nada. Mas faço um blend, uma mistura de todas as religiões, do ponto que me interessa. Eu não tenho religião, mas tenho um pouco de cada uma delas. E do espiritismo é isso: eu entendo nosso encontro aqui. E isso faz todo sentido pra mim, ter tido quatro filhos (...) Eu acho que é uma imensidão dentro de mim, de tantas coisas... De amor, nem se fala. Mas de uma troca muito forte. Não existe cansaço nessa troca."

Ela revela um pouco sobre a personalidade dos filhos: "É muito bom você ver a formação de uma pessoa, cada um crescendo e entendendo o mundo. Um deles, que não vou dizer qual é, está agora numa fase, por conta dessa perda do avô e também com medo, né? Sentiram medo agora das pessoas morrerem de repente. E um deles está com muito medo de que a gente morra também. Então, são as descobertas das dores, das coisas inevitáveis da vida."