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Carol Valença desabafa sobre lado ruim de ser modelo: "Pressão dos padrões estéticos"

Miss também diz que profissão não é bem aceita nas relações amorosas

Modelo é Miss Sergipe - Reprodução/Iude Richelle
Modelo é Miss Sergipe - Reprodução/Iude Richelle

Redação Publicado em 29/04/2021, às 12h09

Carol Valença contou um pouco sobre sua carreira de modelo. Ela diz que começou para ter uma renda, porém se apaixonou pelo mundo da moda.

"Sempre busquei minha independência financeira. Trabalho desde os 14 anos. Em 2012, quando acabou o meu estágio e fiquei sem trabalho, comecei a buscar uma solução para isso. Foi quando a agência da minha cidade começou um curso para modelos e eu me matriculei. A princípio, foi para trabalhar e ter uma renda, mas com o tempo me apaixonei pela profissão e hoje me dedico totalmente", afirma.

Reprodução/Iude Richelle

Ela diz que, no começo, foi difícil superar os medos e a timidez: "Eu era muito tímida, não tinha muito contato com o mundo da moda e sempre tive medo da vida instável que sempre vi na profissão. Mas, com o tempo, fui aprendendo e me profissionalizando".

Carol revela que precisou superar certos desafios: "Conciliar os trabalhos com a faculdade, que me tomava muito tempo, também não foi fácil. E em 2017, o maior desafio foi morar em outro país longe da minha família".

Reprodução/Iude Richelle

A Miss Sergipe conta que pensou em desisitir da profissão por causa da pressão para permanecer dentro de certos padrões: "A vontade de desistir passou pela minha cabeça algumas vezes. Tem momentos que a pressão é muito grande: pressão dos padrões estéticos, saudade da família, correria do dia a dia que desgasta. Mas sempre que me sinto sobrecarregada, tiro um tempo para mim, tiro uns dias para reorganizar minha cabeça e emoções, e aí sim consigo voltar com a rotina. É importante saber o momento de parar, respirar e descansar, porque se não a gente se perde no meio do caminho e acaba desistindo".

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Carol fala sobre outras adversidades na profissão, como assédio nas redes e preconceitos de alguns parceiros, que chegam a não aceitar que ela faça fotos de biquíni ou lingerie: "Como temos nossas redes sociais abertas e expostas, não podemos controlar quem tem acesso, e alguns homens cometem assédio e tomam liberdade de fazer comentários indevidos. Além disso, há o preconceito de alguns quando vão se relacionar com uma modelo, e por vezes tentam proibir a mulher de fazer trabalhos de lingerie e biquíni, por exemplo. Alguns têm ciúmes quando o trabalho é junto com outro modelo. Vejo isso como um desrespeito à mulher e à profissão, pois sempre levei meu trabalho muito a sério, mas muitas pessoas não enxergam dessa forma".

A modelo está terminando a faculdade de Engenharia Civil na Universidade Federal do Sergipe: "Pretendo trabalhar futuramente como Engenheira, não diretamente com projetos, porque não é a área que gosto, mas tenho planos futuros com a área de construção civil. Além disso, tenho nos meus planos fazer algumas especializações em áreas que gosto. Mas sempre vou conciliar com a moda".

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