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Andréa Sorvetão diz que se incomoda com rótulo de ex-paquita: “Não dá para colocar no currículo”

Andréa Sorvetão foi a segunda paquita de Xuxa no Xou da Xuxa - Foto: Reprodução/ Instagram
Andréa Sorvetão foi a segunda paquita de Xuxa no Xou da Xuxa - Foto: Reprodução/ Instagram

Redação Publicado em 21/08/2020, às 09h21

Andréa Faria, a eterna Sorvetão – apelido que ganhou lá em emados da década de 80, após trabalhar como assistente de palco de Xuxa Meneghel (ela foi a segunda paquita da apresentadora) – contou que não se incomoda em ser lembrada pelo passado, mas reiterou com todas as letras que não quer ser lembrada apenas como “ex-paquita”.

Em entrevista à revista Quem, a empresária e apresentadora contou que está procurando novas colocações na TV, e que “não dá para por no currículo que foi paquita”.

“Uma coisa eu digo: não existe ex-paquita. As paquitas foram 27, 28 ou 29 meninas. Posso colocar no currículo “fui paquita”? Acabou sendo uma profissão (risos). O povo insiste em colocar ex-paquita. Eu não sou ex-paquita! Acho que não existe ex-paquita. Fui paquita por apenas quatro anos e sou lembrada como a Sorvetão até hoje”, declarou.

À publicação, Andréa contou que o sentimento é semelhante ao que sente o ator Marcos Oliveira (entrevistado por ela em uma live recentemente), que interpretou Beiçola no seriado A Grande Família:

“Falei: ‘Você fez o Beiçola por 14 anos. E eu fui paquita por quatro anos e ainda me chamam assim?’. Já fiz outras mil coisas – Trapalhões, novelas, programa na Rede TV!, realities. Não quero que as pessoas esqueçam deste momento [de paquita]. Foi assim que o Brasil me conheceu e pude, inclusive, ser conhecida fora dele. Fico feliz quando as pessoas me escrevem, dizem que se identificam, falam que eu consegui me renovar. Pelas lives, tive a chance de ouvir ‘já conhecíamos a Sorvetão, agora estamos conhecendo a Andréa’. Existiu a Sorvetão, mas a Andréa está aí. A comunicação é minha praia”, declarou.

Lembrada com carinho pelo público do programa, Andréa explicou que entende a nostalgia em torno do nome, e que o carinho que recebe até hoje “não tem preço”.

“Vivo dia a dia. A galera da minha geração assistiu ao Xou da Xuxa e muitos, quando me encontram, ficam com lágrimas nos olhos. Sei que mexo com a memória afetiva das pessoas. A infância é a fase mais pura da vida e a adolescência é a etapa em que buscamos referências. O privilégio do amor e carinho que eles dão não têm preço”, ressaltou.

Andréa também falou sobre a amizade com Xuxa, e contou que é grata por “ter sido formada” em um ambiente como o Xou da Xuxa:

“A gente é cabeça-dura para certas coisas, né? Com o tempo, você passa a ter seus pensamentos, suas ideias, sua visão sobre a vida. É importante também ouvir os outros. Impor o que você acha que não é legal. A amizade [com Xuxa] já dura uns 35 anos. Quando comecei a trabalhar no Xou da Xuxa, meus pais sempre estavam por perto e a Marlene [Mattos, então diretora e empresária de Xuxa] soube dosar muito bem para que a gente vivesse em um ambiente muito saudável. Éramos todas meninas. A Marlene superprotegia a gente. Eu e a Xuxa temos 10 anos de diferença de idade. Fico muito grata por ter sido formada profissionalmente em um ambiente como o Xou da Xuxa”, completou.