Primogênito de Andrea morreu em 2013 aos 18 anos em um acidente no condomínio em que morava
Redação Publicado em 24/05/2021, às 07h23
Musa da primeira edição do reality 'No Limite', a advogada Andrea Baptista, 50, tem relembrado os momentos marcantes da época em que participou do programa e desabafou sobre a perda do filho, em conversa com a revista Quem.
Conhecida por ter comido olhos de cabra, Andrea revelou ter amadurecido emocionalmente durante os últimos 21 anos: "Sou uma mulher que não paro. Gosto de estar ativa. Tenho 50 anos, mas me olham e não dão a idade que tenho. Fui fazer um PCR outro dia e a menina que fez ficou olhando para mim fixamente. Perguntei: 'moça, o que foi?' E ela respondeu: 'é que estou impressionada com a sua idade. Jurava que você tinha 30 e poucos anos'. Todo mundo acha isso, tem essa impressão de mim."
A musa atribiu sua energia vital à perda do filho, Elias Júnior, que morreu aos 18 anos em um acidente no condomínio em que a família morava no Rio de Janeiro, em 2013. Além de Elias, ela também é mãe de João Bernardo (15): "Meu filho vive em mim, nunca vi tanta força, meu corpo é jovem". Andrea diz que falar da partida do primogênito é sempre muito dolorido: "Não existe cura. A dor pela perda de um filho não passa, é eterna. Meu outro filho diz que vivo ligada no 220 V. É porque me sinto em uma bicicleta, se eu parar, caio. Preencho meu tempo o tempo inteiro. Trabalho como advogada, faço faxina, estudo direito do consumidor, dou aula para o meu filho."
Ela prosseguiu: "Procuro não parar porque sempre que paro, eu choro. O coração acalma um pouco, mas nunca descansa. A avó do meu filho que se foi, faleceu recentemente e ele adorava ela. Quando soube, postei para um outro neto dela assim: 'vai, vózinha, cuida dele por mim, faz aquele macarrãozinho que ele adorava". Além disso, a advogada conta que não conseguiu assistir à entrevista da Dona Déa Lúcia, mãe do ator Paulo Gustavo, após a morte do ator ao Fantástico: "É complicado explicar. Quando o meu filho faleceu, conheci várias mães de anjos, pessoas de várias religiões. Existem mães que se entregam, outras vêm a falecer logo depois dos filhos."
"Me dizem muito: 'como você é forte, guerreira, bonita'. Mas é uma reação também. Vi isso na Dona Déa, que disse que o Paulo Gustavo não gostava que ela chorasse, e me remeti muito ao que ela falou. Meu Júnior me queria assim". Ela ainda relembra que Elias a considerava uma Mulher Maravilha e revelou ter uma tatuagem dele: "É um bilhete, em que ele diz: 'um beijo para a minha mãe linda, parabéns por tudo'. Tatuei no meu braço. Nunca entendi, mas isso me fez viver. É como se ele dissesse: 'vai, linda, vai embora, vive. Seja forte como você sempre foi."
Ela prossegue: "Não desiste, ainda tem meu irmão'. É assim que me sinto. É covarde um filho ir antes da mãe. Passei por todas as fases do luto: primeiro é negação, quando você nega Deus e tudo... Até vir a aceitação vem várias fases. Uma delas é o que meu filho quer de mim, quais são os desígnios de Deus. Mas dá, sim, uma falta de fé no início. As coisas acontecem de uma forma incompreensível".
Após viver uma separação conturbada que envolveu violência doméstica em 2019, Andrea segue solteira e quer focar em seu trabalho: "Deus está me honrando tanto, estou voando no direito do consumidor, nem estou acreditando. Nunca me realizei tanto profissionalmente. Desde que saí do programa, não parei de estudar. Outro dia, fiz uma análise sobre o que eu poderia fazer para ser feliz. E não era homem, bens materiais, nada disso. Sabe o que é que me faz feliz? Me realizar profissionalmente", completou.
No último mês, antes do fim do BBB 21, a musa comentou ao Gshow, que se orgulha de como encarou o reality e ainda aproveitou para se oferecer como repórter na nova temporada, que estreou neste mês. Contando com novidades e composto por ex-BBBs, o novo 'No Limite' tem dado o que falar.
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