por Eduardo Graboski
Publicado em 13/09/2023, às 04h10
A expectativa era de uma série cômica, inédita, de arrancar gargalhadas do começo ao fim, daquelas que marcariam a carreira de um já ator consagrado: Leandro Hassum, uma fera do humor.
Mas, o que se vê em “B.O”, a nova produção da Netflix, não é tudo isso. Trata-se de um besteirol que arranca muitas risadas, é verdade. Mas nada tão original.
A série brasileira mais parece com “Brooklyn Nine-Nine”, original da Netflix que também vai ao ar aos domingos na TV aberta pelo SBT.
“B.O” realmente parece uma cópia dessa série americana, que conta de forma bagunçada – e bem divertida – a rotina de uma delegacia de polícia. Ou seja, o mesmo enredo.
Em cena, Leandro Hassum vive um delegado que não passa credibilidade para a sua equipe de investigadores. Afinal, a tal delegacia é barra pesada. E ele, bem ingênuo e bundão. Durante toda a série, ele tenta se manter no cargo, estrelando confusões, situações embaraçosas e (às vezes) engraçadas.
“B.O” é uma comédia pastelão. E Hassum combina muito com esse estilo. Às vezes atrapalhado e às vezes bem irônico. A ideia é boa, mas falta mais originalidade na produção. As piadas são bobas. E em algumas cenas, as tiradas são ridículas a ponto de arrancar risos.
Mas isso não tira o brilho da série. O elenco empolga, o enredo se encaixa e a produção é perfeita para quem quer assistir alguma comédia aleatória no fim de noite. Diria que é o tipo de produção ideal para quem não sabe o que escolher na Netflix.
Que a segunda temporada tenha mais autenticidade e esqueça, de uma vez por todas, as referências de “Brooklyn Nine-Nine”. Hassum, inclusive, poderia contribuir mais com textos e roteiros da série. Afinal, ele é gênio na comédia!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.
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