Priscila Fantin relembra depressão: "Dor no coração e cabeça confusa"

Priscila Fantin ainda comentou sobre personagem de Alma Gêmea, sucesso de 2005

Redação Publicado em 10/02/2022, às 10h12

Atriz negou papéis de protagonistas após passar por momentos difíceis - Foto: Reprodução / Instagram

Priscila Fantin relembrou os momentos difíceis que passou em 2008 e contou sobre estar preocupada com a doença, além de explicar sobre os papéis de protagonista que chegou a negar, pouco depois de estrear em Alma Gêmea (2005). 

Questionada sobre o período que passou, Priscila refletiu: "Foi um momento muito difícil. Quando pessoalmente a gente não está bem, isso resvala em todas as outras esferas da vida. Profissionalmente, precisei parar para entender tudo o que estava acontecendo comigo, porque eu não tinha parâmetros ou conhecimento sobre a depressão. Eu só sentia que estava com algum problema porque não via sentido nas coisas. Estava vivendo de forma automática, as coisas não tinham cheiro, cores, sabores, eu não sentia nenhuma emoção, tristeza, alegria, raiva, nada.Esse estado me deixava preocupada, angustiada, era uma dor no coração e cabeça confusa."

A atriz prosseguiu: "O estado que eu estava, que quando a depressão foi diagnosticada era crônica e aguda, já não tinha como ter correlações. Foi um período em que precisei olhar para mim, para dentro, me conectar comigo mesma, procurar minha essência, me conhecer, o que eu desejava pra mim, quais caminhos eu desejava seguir. Precisei fazer um grande balanço, reorganizar tudo internamente. Em 2008, quando entendi que algo estava errado, eu estava há praticamente dez anos na TV e como eu não almejava esse lugar de destaque, não sabia muito bem lidar com o que vinha com isso, a fama, as pessoas, ser muito requisitada, ter que atender muitas frentes, estar em programas, capas de revistas, publicidade, tudo isso me confundia muito."

"Eu fui fazendo, atendendo a demanda sem parar para analisar, eu me distanciei dos meus propósitos, então precisei parar. Foi difícil porque quando a gente entra em contato com a possibilidade do autoconhecimento, com a busca do amor-próprio, da nossa consciência de mundo, é um processo difícil, longo, que dói, que exige uma paciência que a gente, quando é jovem, não tem. Mas foi um período extremamente necessário", disse. Ela ainda relembra quando protagonizou na trama, aos 22 anos. Agora com 39, ela conta sobre os momentos que guarda da produção.

"Eu e o Bruno (Lopes, seu marido) assistimos o primeiro capítulo juntos, e eu lembro do cheiro do cenário, dos meus momentos de concentração antes de entrar em cena, são muitas lembranças, todas muito vivas em mim, boas, intensas. A Serena foi uma personagem especial para mim porque eu acreditava nas palavras dela, na forma como enxergava a vida, como encarava as relações pessoais, as relações além da matéria."

"Todo o contato que tive com a natureza nas gravações dos primeiros capítulos, antes de ela chegar em São Paulo, foi muito bonito, muito forte. A Serena potencializou muitas coisas que eu acredito", contou. 

Priscila Fantin

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