A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial atendeu a denúncia feita por filho de Renato
Redação Publicado em 26/10/2020, às 15h32
Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial (DRCPIM) foram às ruas nesta segunda-feira (26/10) e deflagraram a Operação Será, que cumpriu mandados de busca e apreensão em dois estúdios de gravação e na residência de Marcelo Fróes, pesquisador e produtor musical, todos no Rio de Janeiro.
A operação encontrou um relatório que afirma que existem cerca de 30 músicas inéditas de Renato Russo, líder da Legião Urbana morto em outubro de 1996. Além disso, encontrou também versões novas de sucessos da banda, que foi uma das maiores do rock brasileiro e esteve em atividade entre 1985 e 1996.
A operação começou quando o filho de Renato, Giuliano Manfredini, procurou a delegacia especializada para informar que um perfil fake nas redes sociais dizia ter obras inéditas produzidas por seu pai. A investigação conseguiu encontrar o dono do tal perfil, e apurou que ele entrou em contato com um produtor musical.
A Polícia Civil então entrou em campo com a Operação Será -- homenagem a um dos sucessos da Legião Urbana, composta por Renato Russo. Foram apreendidos, além do relatório, HDs e cartuchos de gravação.
"Há indícios de que a denúncia feita pelo filho de Renato Russo estava correta e que há mesmo versões de músicas inéditas. Vamos agora analisar este material. Foi importante diligência realizada hoje. Foi possível arrecadar elementos de provas cruciais para a continuidade da investigação e esclarecimento total dos fatos", disse o delegado responsável pelo caso, Maurício Demétrio, de acordo com o jornal Extra.
Giuliano, que é o detentor dos direitos autorais do pai, já foi ouvido nas investigações. Até o momento, não está previsto um novo depoimento.
Já Marcelo Fróes, que é reconhecido como um "descobridor de raridades" da música popular brasileira -- e que já produziu álbuns com músicas deixadas por Renato depois da sua morte -- seria ouvido ainda hoje na DRCPIM, mas a pedido de seu advogado, Marcelo Tse, teve o depoimento marcado para quinta-feira (29/10).
Até o momento, não se sabe o paradeiro das cerca de 30 músicas que constam no relatório apreendido. A defesa dos acusados não retornou as tentativas de contato do CENAPOP até o fechamento da matéria.