Tania Alves revelou ter experimentado todas as drogas na época em que "se soltou"
Redação Publicado em 08/03/2022, às 09h48
Tania Alves, de 72 anos, relembra experiências que já viveu ao longo de sua vida e comenta sobre já ter experimentado todas as drogas na época, em entrevista ao jornal O Globo.
Questionada sobre dar vazão ao lado masculino, Tania avaliou sua personalidade: "Sou muito masculina, um trator. É o que me fez sobreviver naquela época em que você beijava na boca e ficava grávida, sabe? Eu era a única virgem da faculdade. Tinha um pai violento, mas, por dentro, uma pomba gira louca. Meu primeiro casamento com o pai da Gabriela (sua primogênita) foi uma extensão da minha família. Quando comecei a fazer ioga, pensei: "Olha, existo além dos contextos familiares". Aí, comecei a fazer teatro e não sobrou pedra sobre pedra do casamento."
Vivi todas as loucuras, riscos, me soltei no sexo, drogas e rock and roll. Experimentei todas as drogas daquela época, não sei como não morri. Só não usei as injetáveis, porque sempre tive essa coisa de saúde. No começo da carreira, bebia todos os dias. A gente fechava os bares do Leblon, acabava no 24 horas, tomava o sopão dos motoristas de táxi e acordava às seis da tarde do dia seguinte para começar tudo de novo.
"A primeira vez que vomitei e saiu um filete de sangue eu parei de beber. Sou uma sobrevivente, não sei como estou viva", admite a veterana, que ainda revelou ter namorado bastante durante a década de 70. "Muito, era um absurdo! Mas sempre desde que ficasse mais feliz do que já sou sozinha. Nos anos 1970, era diferente da compulsão de hoje, que é consumista. Era "faça amor, não faça guerra". Mas era amor mesmo. Mesmo que depois você não soubesse nem o nome da pessoa, o que aconteceu várias vezes comigo, sempre teve amor."
"A gente olhava no olho da pessoa e dizia "eu te amo". E amava. Queríamos fazer revolução pelo amor, resgatar o amor verdadeiro e acabar com o falso moralismo das instituições, da Igreja. Sobrevivi apesar de toda essa loucura. Foi muito bom, ainda bem que vivi essa época. Aquilo mudou o mundo". Tania também garantiu que já transou com mulheres: "Tive experiências muito agradáveis, aquela maciez. Mas a preferência é pelo sexo oposto, gosto desse embate, desse jogo das diferenças. É mais intenso, a pressão é maior", completou.
COLUNISTAS