Sônia Lima teve uma relação de 30 anos com apresentador e político
Redação Publicado em 24/02/2022, às 07h51
Sônia Lima, de 62 anos, relembrou a morte de Wagner Montes e falou sobre estar tentando se refazer emocionalmente após a perda, além de receber ajuda do filho Diego Montez, de 32 anos, do enteado, Wagner Montes Filho, de 36 anos, além dos amigos e da família.
À Quem, ela conta que esteve buscando se adaptar, se redescobrir e se surpreendendo: "A palavra permissão está em alta na minha vida. Três anos e me vejo em uma solidão assistida, posso estar com alguém ou rodeada de gente, mas, de repente, me vejo cheia de nada, é uma sensação de abandono que não passa. Quando quem vai leva sua melhor parte, que é a sua companhia, fica esse vazio que não sei como preencher", disse.
Questionada sobre como se sente agora, três anos após ficar viúva, a artista afirma: "Estou buscando me adaptar, me redescobrindo e me surpreendendo muito comigo mesma. A palavra permissão está em alta na minha vida. Três anos e me vejo em uma solidão assistida, posso estar com alguém ou rodeada de gente, mas, de repente, me vejo cheia de nada, é uma sensação de abandono que não passa. Quando quem vai leva sua melhor parte, que é a sua companhia, fica esse vazio que não sei como preencher". Ela também comenta que Diego é seu bem mais precioso e que se orgulha do profissional que ele é, bem como seu caráter. Sônia explica como o filho lidou com a perda.
"Diego sempre teve responsabilidade emocional e, dentro desse turbilhão de coisas, ele nunca achou o momento certo ou se sentiu à vontade de falar com o pai. Não sei se meu filho quis poupar a mim ou o pai. Eles se davam muito bem. Wagner sentia muita saudade dele, que sempre morou aqui em São Paulo, eles riam muito juntos. Diego foi um filho desejado, esperado e sempre muito amado. Acredito que talvez tenha faltado coragem ao Wagner de conversar com ele, que, tenho certeza, não mentiria para o pai a respeito. Ele sempre foi muito bem resolvido em relação a isso. Acredito que o que aconteceu foi recíproco: esse silêncio e respeito por parte dos dois. Depois cada hora era uma internação, uma coisa aqui e outra ali e o tempo foi passando."
em relação ao marido na época de sua morte, ela afirma que o jornalista sempre foi seu amigo e confidente em tudo da sua vida: "Mas a conquista demorou alguns anos. Quando começamos a namorar, com uma semana de namoro, no dia 13 de agosto de 1987, ele me pediu em casamento, mesmo sabendo que eu não era tão apaixonada por ele. Nos casamos no dia 6 de outubro de 1987, em menos de dois meses. Ele tinha certeza do amor e eu a intuição de que ele era a pessoa certa. Por isso sempre digo que ele se dedicou na conquista me fazendo sentir uma mulher muito amada. Com o tempo e todas as dificuldades que superamos juntos, o meu respeito e a minha admiração cresceram e tive certeza de que ele realmente era o cara certo, o meu porto seguro, com um brilho singular no olhar que dizia tudo."
Ela prosseguiu: "Espero poder voltar a ser olhada daquela forma. Só quando ele se foi, me dei conta que deixei tudo para cuidar e estar com ele. Ele era meu mundo e eu vivia em função dele, era um amor imensurável". Ao comentar sobre a dificuldade em abrir o coração, a atriz afirma que não tinha planos para mexer com o coração: "Fui pega de surpresa por um sentimento bom, mas diferente. Descobri que existem outras formas de amar. Não é fácil controlar nossos instintos e sentimentos quando estamos vulneráveis e tudo acontece genuinamente. O Flávio (empresário, de 43 anos, que não tem o sobrenome mencionado pela artista publicamente) delicadamente soube chegar e, quando percebi, tinha baixado a minha guarda."
"Mas a palavra namoro soa estranha para mim, temos alguma coisa que nos une que é muito forte, mas toda relação precisa ter comprometimento. Ele é um homem mais jovem, nunca se casou, viveu muito, aproveitou bastante, mas ainda não viveu muitas das coisas pelas quais já vivi. Isso às vezes forma um abismo. Somos duas pessoas que se gostam, mas vivendo momentos de vida bem diferentes. O fato de ele não ser do meio também é bem complicado. Para mim é inédito, porque nunca tive que administrar isso. Tentamos, fizemos malabarismo, mas decidimos seguir separados, mesmo com a emoção atropelando nossa razão".
Trinta e um anos após ter sido casada, Sônia explica como foi ter um novo amor: "Surpreendente, mas assustador. Foi bem estranho e demorei um pouco para aceitar a questão da diferença de idade, mas foi bom sentir que ainda estava viva", completou. A atriz ficou casada com Montes por 31 anos, antes do deputado estadual do Rio morrer em 29 de janeiro de 2019 em razão de um choque séptico, aos 64 anos.
COLUNISTAS
Eduardo Graboski
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