Maria Luiza da Silva é a primeira militar reconhecida como trans na história das Forças Armadas Brasileira
Redação Publicado em 19/11/2020, às 08h07
Maria Luiza da Silva é a primeira militar reconhecida como transexual na história das Forças Armadas Brasileira e virou tema de documentário. De acordo com o diretor, Marcelo Díaz, sua trajetória vai muito mais além.
O documentário 'Maria Luiza' estreia nesta quinta-feira (19/11) em São Paulo, antes de ser exibido para outras plateias do Brasil.
A história de Maria começa em Goiás, na cidade de Ceres, onde nasceu como José Carlos. Prestou o serviço militar,mesmo que nunca tenha se reconhecido na figura masculina, entrou para a Força Aérea Brasileira, onde permaneceu durante 22 anos. Casou-se e teve uma filha.
Maria, ao revelar seu desejo de mudar o gênero, buscou tratamento com psicólogos e médicos quando recebeu o diagnóstico de transexual. Em 2000, dois anos depois, foi obrigada a se aposentar por invalidez. Maria Luiza acionou o Ministério Público buscando seus direitos e apenas sete anos depois conseguiu o que, até então, era inédito no Brasil. Foi emitida sua nova identidade militar como Cabo Maria Luiza.
Até que o diretor conseguisse finalizar o documentário, foram dois anos gravando e diversos encontros. Aos 59, apesar das conquistas, Maria, que vive hoje em uma cidade satélite de Brasília, não conseguiu realizar um dos seus desejos: "Um grande sonho de Maria Luiza era vestir a farda feminina e eu queria muito registrar isso de alguma forma. Mas a realidade às vezes é mais dura. Maria Luiza não pode voltar à ativa e usar a farda feminina", revelou Marcelo Díaz ao portal gay.blog.br.
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