Atriz falou sobre racismo e disse que passou por reeducação de comportamento
Redação Publicado em 05/10/2021, às 05h49 - Atualizado às 10h20
Mãe de Alícia e Lara Barbosa, de 12 e 8 anos, Samara Felippo recorreu ao Instagram para exibir mensagens racistas direcionadas às filhas e aproveitou para chamar a atenção de seus seguidores para a importância do assunto.
Na rede social, a atriz e influenciadora ressaltou que é preciso “pensar e agir” diante de comportamentos racistas e revelou que passou por uma desconstrução após “se descobrir racista” e iniciar sua jornada de ativista na web.
“Olhem essas frases, como batem em você? Não quero linchamento, apenas reflexão. Não adianta você simplesmente dizer que não é racista. É preciso pensar e agir. Imaginem quantas crianças pretas sofrem todos os dias, deixam de estudar, machucam seu coro cabeludo para alisarem os cabelos, se odeiam e crescem cheias de dores e traumas”, começou ela.
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Na postagem, Samara explicou que uma de suas filhas quis alisar o cabelo aos 7 anos de idade por conta da cobrança estética.
“Comecei meu trabalho como ativista nas redes sociais sem saber nada, comecei meio que num baque de ódio por minha filha querer alisar o cabelo aos 7 anos para se encaixar na turminha de amigas brancas da escola. Fui me desconstruindo a cada dia, a cada descoberta e uma delas foi o quanto cresci racista”, revelou.
A atriz acrescentou: “Nessa reeducação, fui procurando, estudando e aplicando em casa com minhas filhas. Mas você branco não precisa ser pai ou mãe de uma criança preta para começar a agir [...] Acredito que existem muitas formas de combater o racismo, a 1º é nomear, RACISMO, ele existe e é um fato, a 2º é brancos reconhecerem seus PRIVILÉGIOS e a 3º para mim, dentro da minha história é a REPRESENTATIVIDADE positiva, não só para crianças pretas se reconhecerem e entenderem que seus cabelos, traços e raízes são sinônimos de beleza, mas para que crianças brancas cresçam com a normalização de corpos pretos ocupando espaços relevantes, de destaque por toda a sociedade”, continuou.
“Essas não são as primeiras e nem serão as últimas frases que lerei ou que elas terão que lidar. Fica aqui minha reflexão para você branco que me segue: como reconhece e o que faz numa situação racista? A escola de seus filhos tem uma educação antirracista? O que você acha que ainda reproduz mergulhado dentro da sua bolha branca? Acho que esse já é um excelente exercício para começarmos”, completou.
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