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Ronnie Von fala sobre seu lado “homem-feminino” e abre o jogo: “Ser machista começou a me incomodar”

Cantor e apresentador disse que comportamento machista começou a incomodar

Ronnie Von falou sobre seu lado “homem-feminino” - Foto: Reprodução/ Instagram
Ronnie Von falou sobre seu lado “homem-feminino” - Foto: Reprodução/ Instagram

Redação Publicado em 19/10/2020, às 07h09

Casado com Maria Cristina Rangel, a Kika, há 35 anos, Ronnie Von, atualmente com 76 anos, contou que descobriu seu lado “homem-feminino” após se divorciar de sua primeira esposa, Aretuza, e ficar com a guarda dos filhos, Alessandra e Ronaldo, nos anos 70.

“Eu sou um homem latino-americano que tem essa cultura machista ensinada até pela própria mãe. Quando me separei, tive que ser tudo para os meus filhos. O comportamento machista começou a me incomodar depois que virei mãe”, pontuou ele, à revista Quem.

À publicação, Ronnie Von explicou que sempre gostou de “comprar coisas para casa” e que sempre teve uma “cabeça feminina” nesse sentido.

“Lembro que logo após a separação, comecei a namorar uma moça, que tinha sido da Playboy, e meus colegas ficaram empolgados e perguntaram: ‘Como é sair com ela?’. E eu: ‘Ela é uma moça muito legal... Comprei uma toalha de mesa tão boa esses dias’. Cansei se ouvir quando me separei: ‘Está jogando água para fora da bacia?’. Mas era o meu universo aquele de comprar coisas para a casa”, garantiu o artista.

“Quase apanhei por comprar lingerie”

Sem problemas para falar sobre o assunto, Ronnie lembrou de uma vez em que quase apanhou de um grupo de homens por comprar lingeries para a filha.

“Uma vez quase apanhei de alguns homens que me viram entrar em uma loja em um shopping para comprar lingerie para a minha filha. Os homens me xingando porque ‘onde já se viu um homem comprando lingerie’. Tenho uma cabeça absolutamente feminina. Isso não arranha e nunca arranhou a minha virilidade. Continuo sendo doido por mulher, pela minha!”, garantiu o artista.

O cantor ainda classificou como “bobagem” as pessoas dizerem que uma atividade “é coisa de menino” ou “coisa de menina”:

“Isso é uma bobagem. A Kika, minha mulher, ama carros. Ela é piloto de kart e me deu o maior apoio quando tive a ideia de reformar a garagem. Hoje em dia é a mulher que determina a compra de um automóvel na casa, você sabia? Ela escolhe a cor, a marca... Enfim, já não cabe mais esse raciocínio de que isso é para mulher ou para homem. Vim de uma família de recursos, mas minha mãe achava que um cavalheiro tinha que fazer de tudo. Lavo, passo, arrumo e cozinho com perfeição. Sei fazer até ponto cruz. Na minha casa, eu que ensinei a Kika a trocar fralda, faço todas as compras de cama, mesa e banho e visto a minha mulher da cabeça aos pés. Compro do sapato a lingerie dela porque ela não gosta de fazer compras e porque no final das contas, sou eu que vou tirar depois (risos)”, completou.