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Mônica Martelli sobre maturidade: "No Brasil, a mulher não tem permissão para envelhecer"

Mônica Martelli falou sobre "se achar mais velha do que deveria" em algumas situações

Atriz diz que seu reconhecimento profissional surgiu aos 37 anos - Reprodução / Instagram @monicamartelli
Atriz diz que seu reconhecimento profissional surgiu aos 37 anos - Reprodução / Instagram @monicamartelli

Redação Publicado em 31/01/2022, às 09h08

Mônica Martelli, de 53 anos, fez uma reflexão sobre maturidade e conta que sempre "se achava mais velha do que gostaria para estar em tais situações". A atriz ainda disse que no Brasil não há espaço para que as mulheres envelheçam. 

Há dez anos no elenco fixo de Saia Justa, do GNT, a atriz pondera: "Estava falando outro dia para a minha terapeuta sobre essa sensação de vivenciar muitas coisas, sempre me achando mais velha do que deveria ser para aquela situação."

Mônica prosseguiu: "O meu reconhecimento profissional veio aos 37 anos. Eu fui mãe aos 41. Me apaixonei novamente aos 50 (pelo empresário Fernando Altério). Estou sendo capa da Marie Claire pela primeira vez aos 53". Ela afirma estar onde sonhava em estar, mas reflete sobre outro assunto. "No Brasil, a mulher não tem permissão para envelhecer. A gente está sempre brigando com o tempo. Acho que a gente está entendendo que pode fazer o que quiser com qualquer idade", diz. 

Martelli já participou de grupo de teatro, fez pontas em novelas e chegou a bater na porta de produtor de elenco, além de deixar um videobook na portaria de um dramaturgo. Ela começou a fazer sucesso, no entanto, aos 37 anos, quando decidiu realizar um monólogo após conversar com a mãe: "Como sou militante política, entendo que tudo que se quer comunicar depende de a gente pegar um banquinho e ir à praça pública. Falei para ela: ‘O pior que pode acontecer é ninguém parar para ouvir. Mas você vai ter feito sua parte", relembrou. 

A artista diz que esteve trabalhando na continuação da produção Minha Vida em Marte, história que mostra a vida amorosa da personagem Fernanda. Mônica afirma que chegou a pensar em desistir do roteiro por ter Paulo Gustavo como Aníbal no elenco, melhor amigo de Fernanda. "Eu sempre escrevi o que vivi. Então, vou escrever exatamente sobre o que estou passando: o luto. Vai ser a história da Fernanda perdendo o Aníbal", garantiu ela, que relembrou a perda do melhor amigo, vítima de Covid-19 em maio do ano passado.

"Nunca mais consegui gargalhar da forma que gargalhava com ele. Era a pessoa mais engraçada que conheci na minha vida inteira", lamentou Martelli, que ainda fez questão de afirmar que o filme também será de comédia.