Andréa Veiga refletiu sobre carreira no meio artístico
Redação Publicado em 31/01/2022, às 08h08
Primeira Paquita da Xuxa, Andréa Veiga, de 52 anos, relembra as boas recordações da época e reflete sobre autoaceitação e maturidade, além de falar sobre a carreira no meio artístico, em entrevista à Quem.
Andréa trabalhou como Paquita entre 1984 e 1988, acompanhando Xuxa durante as apresentações da ex-TV Manchete, da Globo. Como atriz, Veiga participou de novelas como Salomé (1991), Fina Estampa (2011), da minissérie O Portador (1991), além do programa do Multishow, Tô de Graça (2021).
"Das paquitas, a Luíse Wishermann e a Ana Paula Guimarães são as que tenho mais ligação hoje em dia. Elas são do meu tempo. E a Xuxa, lógico", conta. A atriz ainda afirma ficar feliz por ser lembrada como a "primeira Paquita". "Costumo dizer que o segredo disso é levar a vida com humor. O bom humor é o melhor conservante da vida. Não sei o que aconteceu com os paparazzi que agora vou dar um mergulho na praia e eles resolvem me fotografar. "Nem sempre saem os melhores ângulos, né? Aparece barriga dobrada, celulite, mas cheguei a um ponto da minha vida em que já vivi mais de 50% da vida útil", brincou a artista.
Questionada sobre a rotina de cuidados com o corpo, Andréa explica: "Como eu trabalho desde os 10 anos de idade e sempre teve esse lance da beleza, não pode engordar, não pode isso, não pode aquilo, tem que ser perfeita. Acho que depois que a gente completa 50 anos vira uma chave."
Depois que fiz 50, comecei a me aceitar mais. Não vou ter 60 anos com corpinho de 20, nunca. Nem que eu queira, nem que eu faça todas as plásticas do mundo. Nem quero isso. Tenho celulite, sim. Tenho um filho de 19 anos. Eu sou uma pessoa que me cuido. Odeio noitada, boate, não viro noite.
"Durmo cedo, acordo cedo, sou uma pessoa completamente solar, acredito que isso tem a ver com o meu signo. Gosto do dia, gosto de levantar cedo e pedalar até a praia, dar um às 7h da manhã. Eu também gosto de beber meu drinkzinho, como carne. Tenho uma vida absolutamente normal. Acho que a genética também me ajuda muito", disse ela, formada em Jornalismo, além de ter feito teatro. "Costumo dizer que já trabalhei em todos os meios de comunicação, rádio, televisão, jornal impresso, cinema e fiz de tudo um pouco. Essa nossa carreira é muito ingrata. Uma hora você está lá em cima, em outros momentos vem a fase de baixa, fica sem trabalho. Para ser médico, você faz anos de faculdade, outros tantos anos de especialização."
Veiga prosseguiu: "Para ser ator, tem gente que conquista oportunidade por ter 1 milhão de seguidores no Instagram. Você dorme modelo e acorda ator. A concorrência ficou muito maior. É óbvio que existe a necessidade do talento. Há pessoas que surgem de maneira instantânea e, às vezes, conseguem se manter. Às vezes, não. Hoje em dia, está tudo tão complicado. Eu sinto muito por ainda não ter tido uma boa oportunidade de mostrar meu trabalho como atriz na TV. No teatro, já fiz peças e fui indicada a prêmios. Faço muitos musicais no Rio de Janeiro. Ainda falta uma boa oportunidade na TV."
"Não sei se é um pouco de preconceito por ser paquita. Achar que para ser paquita não fosse necessário talento. Imagina! As pessoas não fazem ideia de como eramos treinadas. A gente fazia aula de inglês, de etiqueta, de dança. Era uma formação que muita atriz por aí não tem. Quem sabe esse ano não surja uma oportunidade?", completou.
COLUNISTAS