Monica Iozzi relata relação abusiva e relembra: "Sentou a mão na minha cara"

Monica Iozzi relatou ter sofrido relação abusiva, durante o podcast "Prazer, Renata", que vai ao ar pelo portal "G1", e relembrou o terror psicológico, afirmando que demorou para perceber os abusos cometidos por um de seus primeiros namorados. 

Na conversa, ela contou que sofreu um relacionamento abusivo durante sua juventude e revelou: "Só fui começar a pensar em cair fora e pedir ajuda, quando fui agredida fisicamente. Até eu ser agredida, eu achava aquilo uma prova de amor. Eu só comecei a me ligar quando ele realmente sentou a mão na minha cara", relatou.

"Ali eu percebi que o buraco era mais embaixo, e eu acho que é isso que muitas mulheres sofrem, principalmente quando você é jovem, ou então quando você tem filhos com essa pessoa, ou então quando você tem uma dependência financeira", prosseguiu.

Monica ainda ressaltou que também sofreu com abusos psicológicos durante o relacionamento.

Eu era muito jovenzinha, foi um dos meus primeiros namoros e cobri ali todos os capítulos da cartilha de um relacionamento abusivo. Desde o começo, da pessoa te afastar dos seus amigos, questionar a roupa que você usa, te agredir verbalmente, te chantagear, dizer que você não vai conseguir ninguém melhor do que ele, tentar te diminuir. Isso é uma coisa muito corriqueira nos relacionamentos abusivos.

"A pessoa quer que você se sinta pior do que você é, ela quer te colocar realmente numa posição de humilhação para você se sentir dependente dela. É um sequestro psicológico. Eu me sentia sequestrada por aquela relação. E agressões o tempo inteiro, um ciúme maluco o tempo inteiro", comentou em seguida.

A atriz também comentou sobre a importância de educar meninos para que não cometam abusos ou assédios.

A gente sofre assédio a vida inteira. Eu não conheço nenhuma mulher que nunca sofreu assédio. A gente só foi começar a falar sobre isso mais recentemente.

"Eu também fui descobrir mais de dois anos depois que eu tinha tido uma relação abusiva. Na época, ela não me parecia abusiva. Faz muitos anos isso, mas é muito importante a gente falar com as nossas meninas e com os nossos meninos sobre isso, porque não adianta também você ensinar a menina a se colocar e se proteger e não ensinar para o menino que é errado assediar, agredir", completou.