Atriz, 38, sofre de bipolaridade tipo 1
Redação Publicado em 21/05/2021, às 12h50
Mayana Moura, de 38 anos de idade, revelou que houve confusão quando ela foi se vacinar contra a Covid-19 no Jockey Club Brasileiro, no Rio. A atriz sofre de distorno bipolar tipo 1, doença que faz parte do grupo prioritário de vacinação no estado.
Ela disse à Quem: "A Prefeitura do Rio divulgou que pessoas com doenças psicossociais teriam prioridade no calendário de vacinação. Entre elas estão depressão, bipolaridade tipo 1, que é o meu caso, e esquizofrenia. As principais e mais graves são essas, mas existem outras. Quando cheguei lá, o médico olhou meu laudo e questionou: 'você é bipolar? Tem esquizofrênico que vem aqui e não é vacinado'. Fiquei chocada!"
Ela continua: "Ele então levou meu laudo lá para dentro alegando que precisava checar. Checou umas duas vezes e depois disse: 'você pode tomar'. Achei triste porque a pessoa que tem doença psicossocial passa por uma situação desnecessária. Por que divulgaram então? Quem tem doença mental já tem um estigma. E também gera muita expectativa".
A atriz disse que expôs a situação no Instagram para conscientizar as pessoas sobre seus direitos: "Só fiz o post para informar. Desde sempre falei da minha condição e da importância de quem sofre com doença mental de tomar remédio e se tratar. A doença mental foi banalizada e é grave, precisa de medicação, às vezes até de hospitalização. As pessoas ficam muito desacreditadas, não sabem informar".
Mayana informa outros portadores de doenças psicossociais a como agir: "A Prefeitura do Rio incluiu doença psicossocial na lista de 'Deficiência' e não na lista de 'Comorbidades'. Não confundam... Porque vão querer dizer para vocês que vocês não estão na lista de 'Comorbidades'. E não estão mesmo, estão na de 'Deficiência'. Na porta estava uma confusão! Ninguém parece ter certeza de nada! De todo jeito, saiba os seus direitos. Consiga o máximo de informação possível e vá!"
"Desde então, não fico sem remédio e acompanhamento médico. Tanto que nunca mais tive nenhuma crise. Não tem cura o que tenho, mas com a medicação e a terapia, tenho uma vida normal. Terei que tomar remédio para o resto da vida. E faço terapia duas vezes na semana. Fiquei muito feliz que fui vacinada. Meu marido é francês e sabia que em Paris doença psicossocial é do grupo prioritário. Resolvi enfrentar isso de peito aberto porque acho que posso ajudar as pessoas. Meu desejo é poder contribuir para que as pessoas se tratem, levem a sério os tratamentos, tomem os remédios e possam ter uma vida normal. É importante as pessoas saberem dos seus direitos", finaliza.
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