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Mateus Verdelho diz que se sentiu culpado por violência obstétrica sofrida por Shantal

Modelo contou que se culpa por não intervir em parto de Shantal

Mateus Verdelho contou que aprendeu sobre violência obstétrica na marra - Foto: Reprodução/ Instagram@shantal
Mateus Verdelho contou que aprendeu sobre violência obstétrica na marra - Foto: Reprodução/ Instagram@shantal

Redação Publicado em 01/02/2022, às 06h48 - Atualizado às 06h49

Mateus Verdelho, de 38 anos, contou que se “sente culpado” por não ter impedido a violência obstétrica sofrida pela esposa, Shantal Verdelho, durante o parto da filha caçula do casal, em setembro do ano passado.

A influenciadora sonhava com parto normal, após ter o primeiro filho por cesárea, e acabou sendo vítima de humilhações e xingamentos cometidos pelo ginecologista e obstetra Renato Kalil 一 registrados pelo modelo em vídeo Mateus 一 na chegada de Domenica:

“Várias vezes cheguei a me perguntar: ‘Meu, eu estava do lado e não fiz nada?’. Agora, depois de conversas com a Shan, com meu terapeuta, eu entendo de outra forma”, explicou ele, à Quem.

 
 
 
 
 
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Após a violência obstétrica, Mateus e Shantal registraram B.O. e o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público de São Paulo.

À publicação, o modelo e empresário explicou que a intenção não é uma vingança, e sim tornar o caso um exemplo, um aprendizado para outras pessoas: “A gente não tem a intenção de vingança, não tem a intenção de punição. Queremos que a proporção que a situação tomou sirva de aprendizado para outros pais e outras mães”, explicou.

Aprendizado sobre violência obstétrica

O modelo acrescentou que “aprendeu na marra” sobre violência obstétrica e que se considera “a prova de que homem precisa entender do assunto” para ajudar suas companheiras:

“Eu aprendi agora [o que é violência obstétrica], né? Na prática, na marra. Já tinha ouvido falar, mas às vezes a gente acha que o assunto é só para mulher entender. Mas pelo contrário: eu sou a prova de que o homem tem que estar muito ligado nisso porque querendo ou não o casal fica à mercê do médico. Quem estudou foi ele, quem fez faculdade foi ele, quem se especializou foi ele - ou ela. Então a gente por ser leigo às vezes não fala, acha que está certo. Só que isso é um assunto que tanto o pai quanto a mãe deveriam saber muito já para na primeira consulta ter a sensibilidade do que fazer e não fazer para não deixar lá para última hora e depois meio que não ter o que fazer, sabe? É um assunto que eu aprendi agora a fundo e que eu estou aprendendo cada vez mais. Mas eu não tinha conhecimento”, ressaltou ele.

 
 
 
 
 
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O empresário também falou sobre as críticas que recebeu por não ter reagido à violência sofrida pela esposa na mesa de parto, e explicou que “nunca gostou do comportamento do médico”.

“Desde o início eu sempre achei muito estranho o comportamento do Kalil, totalmente antiético. Ele sempre falou da vida de praticamente todas as pacientes dele, pessoas famosas e não famosas. Nunca gostei do comportamento dele e, ao mesmo tempo, a gravidez da Shan foi complicada, conturbada. Então, a gente tinha essa dependência e fomos deixando levar, até que do meio para frente da gestação ela ficou um mês internada no hospital tomando remédio na veia. Nesse momento você fica desesperado, a Shantal também ficou desesperada e depois ficou aqui em casa em repouso absoluto. É um momento delicado, você não consegue falar ‘vamos para outro médico, vamos fazer outra coisa?’. Você não consegue raciocinar, só quer que tudo fique bem, que sua esposa fique bem, só quer que o neném fique bem”, continuou.

Um tempo após o parto, Mateus e Shantal foram assistir ao vídeo do parto e constataram a violência médica:

“Depois de dois meses. E aí é que a gente realmente confirmou tudo o que estava pensando, tudo que estava relembrando, coisas de que não lembramos. Foi quando aconteceu de vazarem os áudios da Shan, os vídeos. E eu várias vezes cheguei a me perguntar: ‘Meu, eu estava do lado, não fiz nada’. Falo isso com o meu terapeuta, e uma das coisas que ele me disse foi ‘Mateus, imagina se você fizesse algo no momento ali no meio da sala, do centro de cirurgia, você que ia ser o cara que não fez dar certo, você que implicou’. É uma coisa horrível, mas graças a Deus você estava nessa conexão com sua esposa’. A gente acredita muito em energias positivas. Fomos protegidos nesse momento para que eu não fizesse nada. Agora, depois de conversas com a Shan, com meu terapeuta, eu entendo de outra forma, mas lá atrás eu fiquei com um sentimento de culpa, sim, de não ter feito nada”, completou.