FAMOSOS

Maria reflete após expulsão no BBB 22: "Sempre duvidaram da minha capacidade"

Maria falou sobre depressão e arrependimento após ser expulsa do reality

Maria ainda relembrou agressões em relacionamentos tóxicos - Foto: Reprodução / Instagram @eumaria
Maria ainda relembrou agressões em relacionamentos tóxicos - Foto: Reprodução / Instagram @eumaria

Redação Publicado em 23/02/2022, às 10h02

Após ser expulsa do BBB 22, Maria fez uma reflexão sobre si mesma, além de comentar sobre depressão e arrependimento, revelando ter sido vítima de agressões em relacionamentos tóxicos, em entrevista ao O Globo

Maria perdeu a oportunidade ser milionária quando bateu com um balde na cabeça de Natália, na última semana. Nas redes sociais, a cantora recebeu uma enxurrada de críticas em razão de sua atitude e foi expulsa. Ela conta que teve mais facilidade para exercer sua liberdade com menos gente ao seu lado para julgá-la. E explica, ao ser questionada sobre a agressividade ser resposta defensiva para o racismo cotidiano, que a "baldada" foi um ato impulsivo. 

"E veio por vários motivos: a juventude, o "Jogo da Discórdia". Eu sabia que tinha tendência a me alterar, mas chegar no ponto em que cheguei. Tenho tendência a esconder minhas emoções, estou aprendendo a me soltar e, nesse processo, a gente acaba não ponderando. Sempre fui oito ou oitenta, mas sempre mais oito que oitenta. Sempre precisei me impor, e a forma como sou interpretada é algo que parte da sociedade, da forma como nos desenham, que é algo estrutural do Brasil, do mercado em que trabalho. Sempre me menosprezaram e duvidaram da minha capacidade."

A artista prosseguiu: "Por ser uma mulher, por ser uma mulher preta também, por ser da favela e por ter a consciência da minha sexualidade e sensualidade. Tudo choca. O fato de eu demonstrar quem eu sou e ter consciência de não querer me diminuir para caber nos espaços e assim ser aceita. É importante eu não confundir o que eu penso sobre mim com o que pensam de mim para que isso não interfira na minha jornada de autoconhecimento". Maria ainda lembra que esteve sofrendo de crises de depressão desde os 13 anos.

"A gente consegue melhorar, mas depressão não tem cura. Aprendi a lidar com as situações, entender o que me dava gatilho para voltar às crises. A terapia foi fundamental para colocar para fora, procurar válvulas de escape, coisas que me deixam feliz e me tirem do estresse e da angústia. Trabalhar, fazer massagem, estar perto da natureza e com amigos que amo me ajuda", completou.