Ator de 74 anos contou que “ficou assustado” com sucesso
Redação Publicado em 21/03/2023, às 07h46
O ator Marco Nanini, de 74 anos, contou que se inspirou no próprio pai para criar Lineu, o veterinário que exerce a função de fiscal sanitário no seriado A Grande Família (2001 a 2014).
Em entrevista à Quem, ele revelou que pediu para o figurinista da atração recriar uma moda peculiar do passado na hora de compor o marido de Dona Nenê (Marieta Severo):
“Eu me inspirei no meu pai para compor o Lineu. Ele era um senhor muito rígido, mas simpático, agradável e muito bom pai. Ele usava, assim como todos os homens da década de 40 e 50, o cinto na barriga. Eu pedi para o figurinista para poder fazer roupas assim, para que eu pudesse colocar o cinto na barriga”, contou.
À publicação, o ator revelou que ficou assustado com a popularidade e o assédio do público na época.
“Confesso que sempre gostei da minha casa, meus bichos e amigos próximos, sou muito caseiro. Então, quando veio o sucesso avassalador da Grande Família, eu não ia tanto à padaria ou ao mercado, mas o Lineu veio no período da chegada da câmera no celular. Esse contato é às vezes divertido, mas às vezes também invasivo. Como qualquer um, tenho dias bons e dias ruins. Quem quer tirar foto e conversar em um dia cinza?”, contou ele, è Quem.
A convivência no set fez com que o elenco se comportasse como uma família de verdade:
“A gente virou uma família mesmo. O que a gente podia fazer? A gente viu a queda das torres gêmeas gravando. Era um inferno. A gente ficou curioso, a gravação foi atrasando porque a gente fugia do estúdio para ver o que estava acontecendo. Criou-se uma família de fato”, lembrou.
Marco contou que teve dificuldade para se despedir de Lineu:
“Eu me envolvo completamente com os personagens que interpreto. Imagina um que por mais de uma década interpretei? Quatorze anos! Gosto do Lineu e de todos os personagens. Começamos como pais, depois avós e gente ia virar tataravós. Daí a gente resolveu parar. Não posso dizer que é fácil, tem uma estranheza em não vestir mais aquela roupa. Mas isso faz parte do ofício, ficam as boas memórias e o entusiasmo de dar vida a novos personagens”, concluiu.