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Leticia Sabatella lembra estreia na TV e desabafa sobre primeiro casamento: “Tóxico em pouco tempo”

Atriz contou que não conseguiu equilibrar a vida pessoal e profissional

Leticia Sabatella em foto atual, e na década de 90, ao lado de Ângelo Antônio - Foto: Reprodução/ Instagram e TV Globo
Leticia Sabatella em foto atual, e na década de 90, ao lado de Ângelo Antônio - Foto: Reprodução/ Instagram e TV Globo

Redação Publicado em 08/07/2020, às 06h01

Leticia Sabatella publicou um textão em sua página no Instagram para falar sua estreia nas novelas, em O Dono do Mundo (1991), e acabou fazendo um pequeno desabafo sobre o casamento com Angelo Antônio, seu par romântico no folhetim de Gilberto Braga.

Na rede social, a atriz – que tinha apenas 20 anos na época – contou que “não se achava preparada” para assumir o papel da jovem Taís, sua personagem, que no final acabou fazendo o maior sucesso com o público.

“Eu ‘estourei’ aí”, postou ela, juntamente com a cena de abertura da novela.

“Culpa do Gilberto Braga e seu texto maravilhoso (a delicadeza comigo), Dennis Carvalho (magistral), Ricardo Waddington (como me surpreendia a sagacidade desse rapaz na época), Maurinho Mendonça (esse outro grande), uma turma de ídolos, ícones no elenco. A mais linda chefe de turma (animadora , estimuladora, divertida) Malu Mader, Betty Gofmann, era a minha irmã, me levou pra conhecer vários lugares do Rio, me acalmou, me fez sentir à vontade. E tinha Rodrigo Mendonça, Cláudio Corrêa e Castro, meu grande amigo e mestre conselheiro, Stênio Garcia, Callonni (meu amado), e tinha Fernanda Montenegro, nas melhores cenas, óbvio! E Glória Pires, impecável sempre, até a Cleo, menina mais linda, cheia de covinhas, aparecia por lá. Otávio Müller, Fernanda Young (parceira de cenário)... Meu querido Marcelo Serrado (lindinho), sempre ultra gentil e talentoso ao piano nas cenas, Antônio Grassi, superquerido...”, continuou ela, lembrando elenco e produção.

Na postagem, Leticia conta que queria terminar a faculdade antes de fazer a novela, mas que não conseguiu voltar [aos estudos] após o sucesso da trama.

“Não fosse a insistência do gênio Daniel Filho... Até o mestre Luiz Fernando Carvalho apareceu para me convencer a fazer a novela. Eu não queria, não. Não me achava preparada. Queria terminar a faculdade. Fiz dois anos de Artes Cênicas, um ano de Filosofia. Deixei a banda Tuba Intimista, o Coral Sinfônico do Paraná, as faculdades, o Coro Cênico Abominável Sebastião das Neves, o balê, os estudos de Shakespeare com o adorado Marcelo Marchioro, as tardes com a minha vó, tudo que me formava ainda. Prometendo que voltava pra continuar. Não consegui mais voltar. A janela que se abriu me deu asas incríveis”, continuou.

Ao final, Leticia revelou que ficou difícil conciliar a carreira com a vida pessoal, e que o casamento com o ator Angelo Antônio, pai de sua única filha, acabou se transformando em uma “relação pouco saudável”.

“Eu me refugiei em um casamento que se tornou pouco saudável em pouco tempo. Ficou bem difícil conciliar. A saudade doía e eu não sabia mais como administrar as vontades equilibradamente. A vontade do outro imperava 24 horas por dia. Meu altruísmo também soube me ferir pela minha vulnerável insegurança. A gente não tinha nomes para muitas coisas. Hoje posso enxergar a minha ingenuidade e perdoá-la por um buraco que habita no meu peito, um ferimento que me carrega de sensível compaixão e empatia por meninas sonhadoras como eu”, completou.

 
 
 
 
 
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Eu “estourei” aí. Culpa do Gilberto Braga e seu texto maravilhoso( a delicadeza comigo), Dennis Carvalho ( magistral ), Ricardo Waddington( como me surpreendia a sagacidade desse rapaz na época), Maurinho Mendonça ( esse outro grande) , uma turma de ídolos, ícones no elenco. A mais linda chefe de turma ( animadora , estimuladora, divertida) Malu Mader, Betty Gofmann, era a minha irmã, me levou pra conhecer vários lugares do Rio, me acalmou, me fez sentir à vontade. E tinha Rodrigo Mendonça, Cláudio Corrêa e Castro, meu grande amigo e mestre conselheiro, Stênio Garcia, Callonni( meu amado), e tinha Fernanda Montenegro , nas melhores cenas , óbvio! E Glória Pires, impecável sempre, até a CLÉO , menina mais linda, cheia de covinhas, aparecia por lá. Otávio Müller, Fernanda Young( parceira de cenário), Jaquesique ia pra minha casa assistir junto a novela e bater papo, meu querido Marcelo Serrado, ( lindinho) sempre ultra gentil e talentoso ao piano nas cenas, Antônio Grassi, super querido, ( conheci Búzios com ele e Rita Cheguei assim, aqui no Rio. Não fosse a insistência do gênio Daniel Filho, ( até o mestre Luiz Fernando Carvalho apareceu pra me convencer a fazer a novela) Eu não queria não. Não me achava preparada. Queria terminar a faculdade. Fiz 2 anos de Artes Cênicas , um ano de Filosofia. Deixei a banda Tuba Intimista, o Coral Sinfônico do Paraná, as faculdades, o Coro Cênico Abominável Sebastião das Neves, o ballet, os estudos de Shakespeare com o adorado Marcelo Marchioro, as tardes com a minha vó, tudo que me formava ainda. Prometendo que voltava pra continuar. Não consegui mais voltar. A janela que se abriu, me deu asas incríveis, eu me refugiei em um casamento que se tornou pouco saudável em pouco tempo. Ficou bem difícil conciliar , a saudade doía e eu não sabia mais como administrar as vontades equilibradamente, a vontade do outro imperava 24 horas por dia. Meu altruísmo também soube me ferir pela minha vulnerável insegurança . A gente não tinha nomes para muitas coisas. Hoje posso enxergar a minha ingenuidade e perdoá-la por um buraco que habita no meu peito, um ferimento que me carrega de sensível compaixão e empatia por meninas sonhadoras como eu.

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